"Em memória das 373 crianças mortas em Gaza"
“Setenta e duas horas de trégua não são suficientes para enfrentar a amplitude da destruição e das necessidades humanitárias”, diz a ONG Save The Children.
“Em memória das 373 crianças mortas em Gaza”, lê-se no topo da página, publicada no arranque de um cessar-fogo de três dias negociado pelo Egipto, 72 horas durante as quais Israel e o movimento palestiniano Hamas (que governa na Faixa de Gaza) se comprometeram a conversar.
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“Em memória das 373 crianças mortas em Gaza”, lê-se no topo da página, publicada no arranque de um cessar-fogo de três dias negociado pelo Egipto, 72 horas durante as quais Israel e o movimento palestiniano Hamas (que governa na Faixa de Gaza) se comprometeram a conversar.
De acordo com diferentes agências das Nações Unidas, 373 é o número de meninas e meninos que morreram entre 8 de Julho e 3 de Agosto na intervenção israelita (ao todo, morreram pelo menos 1806 palestinianos (80% dos quais civis). O Ministério Palestiniano da Saúde diz que esta guerra fez 1875 mortos, incluindo 430 crianças e adolescentes, e 243 mulheres. Do lado israelita, morreram 64 soldados e três civis.
A organização não-governamental britânica que se dedica a ajudar crianças em 120 países comprou este espaço de publicidade nos jornais The Guardian, The Times, Daily Telegraph e Independent.
“Pelo bem das crianças e das suas famílias, esperamos que o cessar-fogo seja cumprido. É absolutamente necessário por que os serviços essenciais em Gaza estão completamente destruídos e é muito difícil para nós chegar às crianças, as mais vulneráveis entre as vítimas deste conflito”, afirma num comunicado David Hassel, um dos responsáveis da ONG britânica para os Territórios Palestinianos Ocupados.
“Setenta e duas horas não são suficientes para enfrentar a amplitude da destruição e das necessidades humanitárias”, insiste Hassel. “A longo prazo, precisamos de um acordo de paz que defenda a dignidade e a segurança dos israelitas e dos palestinianos e que inclua o fim do bloqueio para permitir a Gaza começar a reerguer-se.”