Primeiro americano infectado com ébola chega aos EUA

O médico Kent Brantly deixou que uma compatriota sua fosse tratada com um soro experimental, de que só havia uma dose.

Foto
Kent Brantly recebeu uma transfusão de sangue de um adolescente que sobreviveu ao vírus JONI BYKER/SAMARITAN'S PURSE/AFP

Kent Brantly, 33 anos, estava na Libéria desde Junho, mas em meados de Julho foi colocado em isolamento depois de ele próprio ter suspeitado de que tinha sido infectado com o vírus.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Kent Brantly, 33 anos, estava na Libéria desde Junho, mas em meados de Julho foi colocado em isolamento depois de ele próprio ter suspeitado de que tinha sido infectado com o vírus.

Na semana passada, o jovem médico recebeu uma transfusão de sangue de um adolescente de 14 anos que tinha sobrevivido ao vírus, depois de ter sido tratado pela equipa de Kent Brantly fazia parte.

“O rapaz e a sua família queriam poder ajudar o médico que lhe salvou a vida”, disse Franklin Graham, presidente da organização evangélica Sataritan’s Purse.

A ideia, experimental, é fazer uma transfusão de sangue a partir de um sobrevivente, esperando que o sistema imunitário do receptor consiga combater a infecção.

Uma outra cidadã norte-americana, a missionária Nancy Writebol, será também levada da Libéria para os Estados Unidos. Writebol ficou infectada também em meados de Julho, e começou a ser tratada com um soro experimental na semana passada – como só estava disponível uma dose desse soro, o médico Kent Brantly cedeu-a a Nancy Writebol.

Um dos seus amigos, Kent Smith, disse à CNN que Brantley deve ser tratado como um herói: “Ficaria surpreendido se não tivesse sido essa a atitude dele.”