“Estamos a estruturar tudo para separar o XV dos sevens”

João Luís Pinto, novo treinador da selecção nacional, revela que o Projecto Olímpico pode determinar que um grupo de jogadores não jogue pelos seus clubes

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Miguel Nogueira

A selecção de XV já não compete desde Março. Como está o planeamento dos jogos para a janela de Novembro?

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A selecção de XV já não compete desde Março. Como está o planeamento dos jogos para a janela de Novembro?

Vamos ficar por cá e para já temos marcado um jogo com a Namíbia, que vai estar no Campeonato do Mundo. É o que está confirmado.

Em 2014, Portugal venceu apenas um jogo no Torneio Europeu das Nações. Qual é o objectivo para 2015?

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Razoável será vencer a Alemanha, a Espanha e a Rússia. É o objectivo mínimo. Mas vamos tentar criar alguma surpresa contra a Roménia e a Geórgia.

Os Lusitanos XV é um capítulo encerrado para a FPR?

O convite para participar na Challenge Cup foi feito ao CDUL.

E se o CDUL recusar?

Já não volta para trás. A Rugby Europe não quer selecções. Não é o estilo pretendido.

Vai assumir a selecção de XV num ano em que a prioridade será dada aos sevens…

Sim, isso é fundamental.

O Torneio Europeu das Nações voltará a coincidir com etapas do Circuito Mundial. Ao contrário do que aconteceu até agora, o XV será prejudicado...

O Projecto Olímpico ainda está a ser delineado, mas há um grupo de jogadores nucleares que, penso eu, nem vão jogar pelos seus clubes. Isto está bem definido e organizado. Quem pertence aos sevens, só em último caso é que vem para o XV. Mas estamos a estruturar tudo para separar o XV dos sevens.

Há condições para isso?

Temos que ir por isso caminho. Teremos o dobro do trabalho e teremos que procurar jogadores em mais clubes, para que subam de rendimento, fazendo-os trabalhar nas Academias de Lisboa, de Coimbra e do Porto para os fazer aproximar do nível internacional. Não dará resultados amanhã, mas dará resultados. Os sevens estão a movimentar muito dinheiro e onde há movimentação de dinheiro há interesse. Se há interesse há procura de jogadores e essa é uma realidade com que os clubes terão que se deparar. Os jogadores vão querer apostar numa modalidade olímpica.

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