Gaza palco de "banho de sangue" nas últimas horas
Israel e EUA exigem ao Hamas libertação de um militar supostamente raptado. Mais de cem pessoas terão morrido nas últimas 24 horas.
O número de vítimas mortais (sobretudo civis) do lado palestiniano, relativo apenas à última noite, varia segundo as fontes: 107 segundo a AFP; 120 segundo o jornalista do El País em Gaza; 150 segundo a agência Reuters. Mas parece certo que há mais cem vítimas a acrescentar ao extenso rol de baixas do lado palestiniano. A BBC diz que na última noite morreram 47 pessoas, a somar às 60 vítimas mortais do dia de sexta-feira. No total, pelo menos 1600 plaestinianos perderam a vida desde que a operação militar israelita contra Gaza começou, a 8 de Julho.
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O número de vítimas mortais (sobretudo civis) do lado palestiniano, relativo apenas à última noite, varia segundo as fontes: 107 segundo a AFP; 120 segundo o jornalista do El País em Gaza; 150 segundo a agência Reuters. Mas parece certo que há mais cem vítimas a acrescentar ao extenso rol de baixas do lado palestiniano. A BBC diz que na última noite morreram 47 pessoas, a somar às 60 vítimas mortais do dia de sexta-feira. No total, pelo menos 1600 plaestinianos perderam a vida desde que a operação militar israelita contra Gaza começou, a 8 de Julho.
Do lado israelita, que reafirma a intenção de destruir a rede de túneis construída pelo Hamas para infiltrar homens armados no território, as baixas também aumentaram. Dois militares foram abatidos e um terceiro, identificado como Hadar Goldin, 23 anos, terá sido raptado em Rafah, precisamente a zona mais castigada pelos bombardeamentos israelitas. Porém, fonte do Hamas, citada pela Reuters, disse já neste sábado que não tinha indicações sobre o paradeiro desse soldado, acrescentando que ele poderá ter sido morto numa emboscada em gaza.
Ao todo, morreram até agora 63 militares de Israel, segundo a contabilidade divulgada pelas agências internacionais.
O jornal Jerusalem Post diz que Israel interceptou nas últimas horas rockets palestinianos que fizeram soar o alarme em pelo menos 11 localidades israelitas. O braço militar do Hamas confirmou, segundo a AFP, o lançamento de três rockets em direcção a Tel Aviv.
“Assim vai ser difícil de chegar” a uma trégua que dure, declarou o Presidente Barack Obama, em Washington, depois do falhanço diplomático que foi o esforço de chegar a um cessar-fogo de 72 horas. “Há muita raiva e muito desespero, uma mistura muito volátil”, comentou Obama, na Casa Branca, que pediu ao Hamas e aos palestinianos que libertem o militar israelita supostamente raptado.
“Se querem ser sérios na busca de uma solução, esse militar tem de ser libertado de forma imediata”, insistiu o líder norte-americano, citado pela Reuters.
O líder diplomático dos EUA, John Kerry, pediu ao Qatar, próximo do Hamas, e à Turquia, que ajudassem no esforço de convencer o lado palestiniano a libertar o militar desaparecido. “Nós pedimos-lhes, implorámos, quusem toda a influência que têm para fazerem os possíveis para que esse soldado regresse a casa”, disse fonte do departamento de Estado, que acompanha John Kerry, citada pela Reuters.
A ministra da Justiça de Israel, por seu lado, prometeu que o Hamas “pagará o preço” por mais este desaparecimento., noticiou a AFP.