E se pudesse usar o telemóvel ou o tablet sem óculos?
Protótipo desenvolvido nos Estados Unidos permite que um utilizador veja de forma nítida o que está no ecrã de um dispositivo digital.
Um dos investigadores do MIT e criadores do ecrã corrector, Gordon Wetzstein, explica que a tecnologia desenvolvida passa a colocar os óculos no ecrã e não na cabeça do utilizador. “Não será capaz de ajudar a ver o resto do mundo de forma mais nítida, mas, actualmente, gastamos uma grande parte do nosso tempo a interagir com o mundo digital", argumenta numa nota divulgada esta quinta-feira pelo MIT.
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Um dos investigadores do MIT e criadores do ecrã corrector, Gordon Wetzstein, explica que a tecnologia desenvolvida passa a colocar os óculos no ecrã e não na cabeça do utilizador. “Não será capaz de ajudar a ver o resto do mundo de forma mais nítida, mas, actualmente, gastamos uma grande parte do nosso tempo a interagir com o mundo digital", argumenta numa nota divulgada esta quinta-feira pelo MIT.
Os investigadores desenvolveram um método usando um algoritmo para alterar imagens pixel a pixel e ajustá-las ao problema de visão do utilizador. Durante o projecto foi colocada uma espécie de protecção de ecrã perfurada em frente ao monitor de um iPod. A imagem surgiu depois nítida e com contraste. O algoritmo tem em conta o problema específico de visão do utilizador para ajustar a intensidade de cada ponto de luz emanado de cada pixel de uma imagem.
"A nossa técnica distorce a imagem de tal forma que, quando o utilizador olha para o ecrã, a imagem aparece nítida para aquele espectador em particular", "mas se alguém olhar para a imagem, esta parece-lhe má", resume Brian Barsky, investigador da Universidade da Califórnia.
Fu-Chung Huang, colega de Barsky, acrescenta que o “significado do projecto é que, em vez de se confiar na óptica para corrigir a nossa visão, foi utilizada a computação”. “Esta é uma classe muito diferente de correcção e não intrusiva”, reforçou.
Os investigadores esperam que esta tecnologia possa ajudar centenas de milhões de pessoas que actualmente necessitam de lentes de correcção para os olhos quando usam telemóveis, tablets ou computadores. Barsky, também professor de Optometria, acredita que o ecrã criado pode vir a ajudar as pessoas com problemas de visão mais complexos, que não podem ser resolvidos com o recurso a óculos ou lentes de contacto.
O protótipo de ecrã corrector vai ser apresentado este Agosto, na Siggraph, conferência sobre computação gráfica que vai decorrer em Vancouver, no Canadá.