Air France e KLM deixam de sobrevoar o Iraque

A companhia Emirates prepara-se para fazer o mesmo por razões de segurança, numa altura em que o país enfrenta uma ofensiva islamista.

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Para algumas companhias os céus do Iraque tornaram-se perigosos Ahmed Jadallah/Reuters

“A segurança dos nossos passageiros e das nossas tripulações é a nossa prioridade. Por isso deixámos de sobrevoar o Iraque desde a passada sexta-feira”, explicou um porta-voz do grupo franco-holandês.

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“A segurança dos nossos passageiros e das nossas tripulações é a nossa prioridade. Por isso deixámos de sobrevoar o Iraque desde a passada sexta-feira”, explicou um porta-voz do grupo franco-holandês.

Até à semana passada, os aviões da Air France e da KLM apenas evitavam sobrevoar determinadas zonas do Iraque.

O presidente da Emirates indicou no jornal britânico Times que na próxima semana a companhia começará a contornar o espaço aéreo iraquiano, que se encontra na rota mais directa entre o Dubai e a Europa.

Estas decisões acontecem depois de um Boeing 777 com 298 pessoas a bordo, que fazia o voo da MH17 da Malaysia Airlines entre Amesterdão e Kuala Lumpur, ter sido abatido por um míssil no dia 17 de Julho, quando sobrevoava o Leste da Ucrânia, numa zona controlada pelos rebeldes pró-russos.

As companhias aéreas temem uma catástrofe semelhante nos céus iraquianos.

O Iraque enfrenta uma ofensiva fulgurante dos jihadistas sunitas do Estado Islâmico, que desde de Junho controlam parcelas inteiras de território. Segundo o Times, os Estados Unidos estão a investigar se, na vizinha Síria, os combatentes islamistas se apoderaram de mísseis capazes de abater um avião civil e a voar a velocidade e altitude de cruzeiro.