Reabilitação de obra de Marques da Silva, no Porto, ganha Prémio João de Almada

Júri premiou renovação de edifício projectado nos anos 20 pelo famoso arquitecto na Rua Alexandre Braga.

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Edifício foi projectado por Marques da Silva entre 1923 e 1928 Miguel Nogueira

“O Júri, presidido pelo Vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, decidiu atribuir, por unanimidade, o Prémio João de Almada 2014 à recuperação do edifício na Rua Alexandre Braga, nº 94, da autoria dos arquitectos Francisco Barata, Nuno Valentim e José Luís Gomes, do Centro de Estudos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, e propriedade da Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS), por considerar que constitui o melhor exemplo de uma recuperação discreta e atenta, num imóvel simbólico, associado a uma frente urbana de características notáveis”, explica a autarquia em comunicado.

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“O Júri, presidido pelo Vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, decidiu atribuir, por unanimidade, o Prémio João de Almada 2014 à recuperação do edifício na Rua Alexandre Braga, nº 94, da autoria dos arquitectos Francisco Barata, Nuno Valentim e José Luís Gomes, do Centro de Estudos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, e propriedade da Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS), por considerar que constitui o melhor exemplo de uma recuperação discreta e atenta, num imóvel simbólico, associado a uma frente urbana de características notáveis”, explica a autarquia em comunicado.

José Marques da Silva projectou este edifício entre 1923 e 1928, para seu próprio rendimento. Na posse da FIMP, o imóvel agora reabilitado tinha várias patologias decorrentes da passagem do tempo e da falta de manutenção, que afectavam sobretudo as partes mais próximas da cobertura do edifício, acrescenta a autarquia.

Para além deste primeiro prémio, o júri, que inclui representantes de várias entidades como a Direcção Regional de Cultura do Norte, a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, a Ordem dos Arquitectos e a Associação Regional de Protecção do Património Cultural e Natural, atribuiu, também por unanimidade, uma menção honrosa à recuperação de um edifício na Rua de António Cândido, 167-187, da autoria de Adriano Pimenta e Octávio Queirós, e outra menção honrosa ex-aequo às obras num imóvel na Rua de Fernandes Tomás, 539, dos arquitectos Vitório Vasconcelos Leite e Catarina Ribeiro e à intervenção na Rua do Almada, 528-530, da arquitecta Cristina Campilho.

O Prémio João de Almada foi instituído em 1987 para incentivar e promover a recuperação do património arquitetónico do Porto. É atribuído pelo município ao melhor exemplo de reabilitação que tenha sido concluído na cidade, durante o período de dois anos a que cada prémio se refere.

O prémio tem o valor de oito mil euros, repartidos pelo arquitecto (seis mil) e pelo dono do imóvel (dois mil). Em Outubro decorrerá a exposição dos trabalhos concorrentes a esta edição, assim como a cerimónia de entrega do prémio que já foi ganho por obras como a da recuperação do Edifício do Círculo Universitário do Porto, de Fernando Távora, logo em 1990, do Teatro Nacional de São João (João Carreira), e da ilha das Aldas (Pedro Mendes), entre outros.