TAP retoma voos para a Guiné a 26 de Outubro

Governos português e guineense e a transportadora aérea afirmam que a segurança dos passageiros está agora garantida. Protocolo foi assinado esta segunda-feira de manhã.

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Privatização da TAP está prevista para este primeiro trimestre Pedro Cunha/Público

Depois de ter interrompido as ligações aéreas entre Lisboa e Bissau em Dezembro, devido ao embarque, a mando das autoridades guineenses, de cidadãos de origem síria com documentos falsos, a TAP voltará a voar para aquele território na sequência de um protocolo assinado esta segunda-feira de manhã entre os governos dos dois países.

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Depois de ter interrompido as ligações aéreas entre Lisboa e Bissau em Dezembro, devido ao embarque, a mando das autoridades guineenses, de cidadãos de origem síria com documentos falsos, a TAP voltará a voar para aquele território na sequência de um protocolo assinado esta segunda-feira de manhã entre os governos dos dois países.

O protocolo permitirá uma “maior cooperação entre os serviços competentes dos controlos fronteiriços” dos dois países, “dando garantias que incidentes como o ocorrido em Dezembro passado não mais se voltarão a repetir”, afirmou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, na cerimónia de assinatura do documento.

Em termos práticos, todos os voos serão controlados por pelo menos um elemento do SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras português que seguirá nos voos de Lisboa para Bissau para depois verificar os passaportes no momento do embarque naquela cidade dos passageiros com destino a Portugal. “Deixa-nos muito tranquilos saber que a verificação correcta está a ser feita”, afirmou o presidente da TAP, Fernando Pinto.

Esta foi uma prática seguida durante vários anos, “num passado distante”, mas que tinha sido suspensa “por razões diplomáticas”, descreveu, no final da cerimónia em declarações aos jornalistas. A TAP começa a aceitar reservas para os voos já esta segunda-feira, anunciou o gestor, que diz ter certeza que a ligação aérea passará a ter “todas as condições de segurança”. A linha voltará a ter a frequência de três voos semanais.

Foram precisos sete meses, um novo Governo na Guiné e esforços diplomáticos de ambos os países – que envolveram os chefes dos executivos, disse Machete - para ultrapassar o incidente de Dezembro do ano passado. “Este é um momento de esperança na Guiné-Bissau. A eleição de uma nova liderança política e o nível de entendimento e diálogo registado entre os principais partidos são sinais de que há de facto condições para um efectivo virar da página, deixando para trás os tempos de instabilidade e dos golpes militares”, afirmou o ministro português dos Negócios Estrangeiros.

“Reposta a normalidade política e institucional, não só manteremos a cooperação como a reforçaremos”, prometeu. Por isso, aproveitou a ocasião, testemunhada pelos primeiros-ministros dos dois países – ainda que sem fazerem declarações públicas -, para anunciar que Portugal irá enviar a curto prazo para a Guiné 15 toneladas de medicamentos e equipamentos médicos angariados pelo Infarmed junto de laboratórios nacionais e estrangeiros. Trata-se de material destinado a suprir “necessidades básicas e urgentes” identificadas na visita do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português a Bissau em Junho e que depois pediu a colaboração do Infarmed. O transporte do material será feito “em breve”, também de forma gratuita, por uma empresa privada, congratulou-se o ministro.