Shimon Peres sai de cena, Reuven Rivlin toma posse como Presidente de Israel

O novo Presidente nunca escondeu a sua hostilidade à criação de um Estado palestiniano.

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“Estarei sempre ao serviço do Estado”, garantiu Peres GALI TIBBON/AFP

O seu sucessor, Reuven Rivlin, eleito pelos deputados no passado 10 de Junho para um cargo que é acima de tudo cerimonial, tomou posse no Parlamento perante os presidentes de câmara e responsáveis municipais do Sul de Israel, convidados para “mostrar que o mais importante hoje em Israel é a operação contra o Hamas”, referia um comunicado assinado por Rivlin e o presidente do Knesset, Yuli Edelstein.

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O seu sucessor, Reuven Rivlin, eleito pelos deputados no passado 10 de Junho para um cargo que é acima de tudo cerimonial, tomou posse no Parlamento perante os presidentes de câmara e responsáveis municipais do Sul de Israel, convidados para “mostrar que o mais importante hoje em Israel é a operação contra o Hamas”, referia um comunicado assinado por Rivlin e o presidente do Knesset, Yuli Edelstein.

“No momento em que os soldados do Tsahal [exército] combatem e que os cidadãos israelitas estão debaixo de fogo de rockets”, o novo Presidente decidiu retirar protagonismo à sua tomada de posse. A cerimónia foi curta e discreta.

Reuven Rivlin, 74 anos, é uma figura conhecida da direita israelita, defensor do “Grande Israel”, mas também um feroz defensor do Estado de direito. Advogado de formação, conhecido pela sua amabilidade, Rivlin começou a sua carreira política em 1998 no Likud (direita nacionalista), fazendo-se eleger como deputado no Knesset. Foi por duas vezes presidente do Parlamento (2003-2006 e 2009-2013).

Na frente ideológica, faz parte da ala mais à direita do Likud e nunca escondeu a sua hostilidade à criação de um Estado palestiniano.

Shimon Peres, que já tem 90 anos, deixa a cena política depois de uma longa carreira, que passou pela negociação dos acordos de Oslo de 1993 enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, que lhe valeu, junto com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, o Prémio Nobel da Paz.

Mas garante que vai continuar as suas actividades em prol do Estado de Israel, com sempre fez desde que se juntou a David Ben-Gurion (o primeiro primeiro-ministro de Israel) na década de 1940.

“Estarei sempre ao serviço do Estado”, garantiu na quarta-feira, quando falava aos jornalistas que o acompanharam numa visita a uma família de um soldado morto em Gaza.