PSD mantém confiança em docentes e culpa pessoas “fora da classe” por incidentes

A propósito do dia em que os professores foram a exame, Marco António Costa lamentou “cenas que não dignificam a escola pública”.

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Incidentes foram provocados por “pessoas que não eram sequer professores, mas sim agitadores políticos" Nuno Ferreira Santos

Para o porta-voz do PSD, os incidentes ocorridos em algumas escolas, com “cenas que não dignificam a escola pública e a sociedade portuguesa”, foram provocados por “pessoas que não eram sequer professores, mas sim agitadores políticos e outros agitadores partidários sob a capa de sindicalistas”.

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Para o porta-voz do PSD, os incidentes ocorridos em algumas escolas, com “cenas que não dignificam a escola pública e a sociedade portuguesa”, foram provocados por “pessoas que não eram sequer professores, mas sim agitadores políticos e outros agitadores partidários sob a capa de sindicalistas”.

“Não podemos de forma alguma deixar que se manche a imagem dos professores com o que se passou ontem”, sublinhou.
Marco António Costa falava à margem de uma reunião com deputados do partido da comissão de agricultura e dirigentes de organizações agrícolas, de quem ouviu preocupações.

Já na terça-feira, o PSD, através do deputado Duarte Marques, tinha acusado os sindicalistas “profissionais dos protestos” de mancharem a imagem dos docentes.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o ex-líder da JSD sustentou que a maioria dos professores portugueses “tem qualidade e não concorda também com estas imagens de invasão registadas em algumas escolas, ou com actos em que se impede os próprios colegas de fazerem a sua prova tranquilamente, como merecem”.

“O PSD admite que alguns professores não concordem com a prova, mas os professores têm o direito de poderem fazer a sua prova com tranquilidade e no respeito pela sua própria autonomia. Estes protestos só estão a manchar a imagem dos professores, sobretudo quando é impedida a boa realização da prova de um colega. Nestes casos, estamos perante um atentado à própria liberdade”, insistiu o “vice” coordenador da bancada social-democrata para as questões de educação.

Duarte Marques fez depois duras acusações à Fenprof (Federação Nacional dos Professores) e, sobretudo, ao seu líder, Mário Nogueira.