Um défice preso por arames e impostos
O défice inverteu a tendência de queda e subiu para 4192 milhões de euros no final do primeiro semestre. Não é caso para fazer soar os alarmes, já que este revés deve-se muito ao facto de o país ter suportado uma maior factura com os juros da dívida (mais de mil milhões de euros pagos à troika) e também por causa do pagamento do subsídio de férias em Junho, quando no ano passado tal só tinha acontecido em Novembro.
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O défice inverteu a tendência de queda e subiu para 4192 milhões de euros no final do primeiro semestre. Não é caso para fazer soar os alarmes, já que este revés deve-se muito ao facto de o país ter suportado uma maior factura com os juros da dívida (mais de mil milhões de euros pagos à troika) e também por causa do pagamento do subsídio de férias em Junho, quando no ano passado tal só tinha acontecido em Novembro.
Os salários de Junho, que já foram processados sem cortes, devido à decisão do Tribunal Constitucional (TC), agravaram ainda mais a situação. E o agravamento do défice acontece, apesar de a receita fiscal ter ficado muito acima do valor previsto no Orçamento, superando a fasquia dos 17 mil milhões de euros. É sinal de que o aumento de impostos já não chega. É preciso um plano B para contornar o chumbo do TC, se o Governo quiser cumprir a meta dos 4% para este ano.