Uma revolução do sistema prisional?
A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais quer, diz o seu subdirector, promover “uma revolução do sistema” prisional português, que “está no limite”. E o que se anuncia com tal revolução parece, à partida, sensato: reduzir a reincidência dos presos no crime depois de libertados (metade voltam à cadeia, dizem as estatísticas), reforçar e concentrar as equipas técnicas (haverá uma, e não duas, por cada cadeia), acompanhar os reclusos até à sua real inserção social e, por fim, responsabilizar os directores dos estabelecimentos prisionais pelos bons ou maus resultados que daí advierem. Com uma ressalva – a de que os guardas prisionais deviam ser também envolvidos neste plano –, a ideia geral de responsabilização (dos técnicos, dos reclusos, dos directores) é de aplaudir, num país onde responsabilidade é palavra vã. Mas vai ser preciso um esforço enorme da máquina prisional, para que isto resulte. Estará ela preparada?
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A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais quer, diz o seu subdirector, promover “uma revolução do sistema” prisional português, que “está no limite”. E o que se anuncia com tal revolução parece, à partida, sensato: reduzir a reincidência dos presos no crime depois de libertados (metade voltam à cadeia, dizem as estatísticas), reforçar e concentrar as equipas técnicas (haverá uma, e não duas, por cada cadeia), acompanhar os reclusos até à sua real inserção social e, por fim, responsabilizar os directores dos estabelecimentos prisionais pelos bons ou maus resultados que daí advierem. Com uma ressalva – a de que os guardas prisionais deviam ser também envolvidos neste plano –, a ideia geral de responsabilização (dos técnicos, dos reclusos, dos directores) é de aplaudir, num país onde responsabilidade é palavra vã. Mas vai ser preciso um esforço enorme da máquina prisional, para que isto resulte. Estará ela preparada?