Sharks sobreviveram à irreverência neozelandesa
Os sul-africanos apuraram-se para a meia-final do Super Rugby após derrotarem os Highlanders, por 31-27
Como se esperava, o jogo foi equilibrado e intenso até final, mas os Sharks resistiram e derrotaram os Highlanders, que voltaram a exibir-se a grande nível, deixando o Super Rugby 2014 de cabeça bem erguida.
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Como se esperava, o jogo foi equilibrado e intenso até final, mas os Sharks resistiram e derrotaram os Highlanders, que voltaram a exibir-se a grande nível, deixando o Super Rugby 2014 de cabeça bem erguida.
O duelo em Durban colocava frente a frente duas filosofias de jogo totalmente distintas e no campo foi isso mesmo que se viu. Se do lado sul-africano prevaleceu o tradicional jogo de contacto, os neozelandeses nunca abdicaram de circular a bola, procurando a velocidade das linhas-atrasadas.
Começaram melhores os Sharks, que através de uma das suas armas preferidas marcaram o primeiro ensaio: alinhamento a cinco metros, “maul” e o “pack” só parou na área de ensaio. Marcell Coetzee fez o toque de meta. Mas depois de duas penalidades de Steyn e uma Sopoaga (13-3), a magia da equipa de Dunenin surgiu: com uma arrancada do imparável Malakai Fekitoa e uma circulação de bola a toda a largura finalizada pelo pilar Kane Hames, os Highlanders chegaram ao final dos primeiros 40 minutos na frente, por 17-13.
No entanto, no início da segunda parte, com uma vantagem de sete pontos (20-13), um erro neozelandês acabou por ser decisivo para o desfecho final: Os Highlanders perderam uma formação-ordenada favorável a cinco metros da sua linha de ensaio e depois, perante a displicência absoluta de Shane Christie e Nasi Manu, Bismarck du Plessis agradeceu a gentileza para fazer o segundo ensaio sul-africano e restabelecer a igualdade (20-20).
A “oferta” destabilizou os Highlanders, que três minutos depois voltaram a sofrer novo ensaio, marcado por Tonderai Chavhanga e, num ápice, os Sharks marcavam 12 pontos sem resposta (25-20). Mas as frenéticas linhas-atrasadas neozelandeses ainda não tinham atirado a toalha ao chão.
Aos 63’, Osborne furou a defesa do Sharks e com um “offload” perfeito assistiu Phil Burleigh para o terceiro ensaio dos Highlanders: 25-27. Com 15 minutos para jogar, as duas equipas estavam separadas por apenas dois pontos, mas nos últimos minutos o “pack” avançado sul-africano fez a diferença: sob pressão, os neozelandeses cometeram duas penalidades e Francois Steyn não tremeu, garantindo aos Sharks o lugar nas meias-finais onde teráo como adversários no próximo sábado, em Christchurch, os Crusaders.