Nelson Oliveira e as cores nacionais
A estrela é Rui e Nelson agradece. De jeito tímido, o duplo campeão nacional ainda não se habituou aos holofotes do ciclismo. Cora quando abordado para uma entrevista. Envergonha-se diante de um pedido de autógrafo. Mas nunca perde o sorriso, a simpatia natural, que ultrapassa, a espaços, a timidez. Nascido a 6 de Março de 1989 em Anadia, actual capital do ciclismo (culpa do Centro de Alto Rendimento da modalidade), tem o melhor palmarés jovem de todos os “emigrantes” portugueses.
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A estrela é Rui e Nelson agradece. De jeito tímido, o duplo campeão nacional ainda não se habituou aos holofotes do ciclismo. Cora quando abordado para uma entrevista. Envergonha-se diante de um pedido de autógrafo. Mas nunca perde o sorriso, a simpatia natural, que ultrapassa, a espaços, a timidez. Nascido a 6 de Março de 1989 em Anadia, actual capital do ciclismo (culpa do Centro de Alto Rendimento da modalidade), tem o melhor palmarés jovem de todos os “emigrantes” portugueses.
Respire funde e prepare-se para ler num fôlego o currículo impressionante: campeão nacional de contra-relógio de cadetes (2004 e 2005), campeão nacional de contra-relógio júnior (2006), campeão nacional de contra-relógio de sub-23 (2008, 2009 e 2010), campeão nacional de contra-relógio de elite (2011 e 2014).
Foi contra o relógio que Nelson construiu a sua carreira, numa pressa desmedida. Em 2009, em Mendrisio, sagrou-se vice-campeão mundial de sub-23, e despertou a atenção da Xacobeo-Galicia. No seu primeiro ano como profissional, foi sexto no Giro delle Regioni e na Bayern Rundfahrt, segundo no campeonato da Europa de estrada (sub-23) e terceiro no “crono”. Na Volta à França do futuro, foi 16.º, antes de fechar a época com um quarto lugar no contra-relógio do Mundial sub-23.
A competitiva, mas modesta formação espanhola era pequena para tanto talento. A RadioShack repara no seu potencial e oferece-lhe um contrato duradouro. As três temporadas que passou na equipa permitiram-lhe estrear-se na Vuelta (2011) e no Giro (2012 e 2013), com resultados no “top-20” de etapas da sua especialidade. Foi pouco para manter-se na versão light da RadioShack, agora denominada Trek. A Lampre-Merida de Rui Costa piscou-lhe o olho e ele não resistiu. Sem olhar para trás, abraçou o desafio de ser leal escudeiro do campeão do mundo e viu a fidelidade recompensada com um lugar no Tour. Numa comemoração antecipada, reinou no Sabugal, conquistando os dois títulos nacionais de ciclismo (de estrada e contra-relógio).