União Europeia vai endurecer sanções contra a Rússia devido à crise na Ucrânia
Medida deverá ser aprovada na cimeira que decorre em Bruxelas.
As novas sanções “são muito prováveis”, disse uma fonte diplomática à AFP. Esta fonte disse que os Estados-membros prepararam um conjunto de novas medidas punitivas, nomeadamente o congelamento dos programas do Banco Europeu de Investimentos na Rússia e do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento. Decorrem conversações também para “juntar novos nomes à lista de sanções”, disse a fonte.
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As novas sanções “são muito prováveis”, disse uma fonte diplomática à AFP. Esta fonte disse que os Estados-membros prepararam um conjunto de novas medidas punitivas, nomeadamente o congelamento dos programas do Banco Europeu de Investimentos na Rússia e do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento. Decorrem conversações também para “juntar novos nomes à lista de sanções”, disse a fonte.
Na terça-feira à noite, os Estados Unidos deixaram também aberta a possibilidade de endurecerem as suas sanções contra Moscovo.
O novo pacote é uma medida punitiva pelo envolvimento da Rússia na crise no Leste russófono da Ucrânia — Moscovo é acusado de apoiar os separatistas. “O agravamento da situação na região de Donbass, as inumeras provas do envolvimento da Rússia na acção dos combatentes [separatistas] dá-nos cada vez mais razões para aprovar a ‘fase 3’ das sanções”, disse o porta-voz da diplomacia ucraniana, Vassil Zvaritch, numa conferência de imprensa.
Até agora, a UE já proibiu a emissão de vistos e congelou os bens de cerca de 60 russos e ucranianos implicados na escalada do conflito, mas ainda não impôs sanções económicas a alguns sectores — a etapa que Bruxelas definiu como “fase 3” e que terá que ser bem gerida uma vez que pode afectar os interesses de empresas europeias.
O embaixador do Reino Unido em Kiev, Simon Smith, estimou que a Rússia “mão cumpriu os requisitos traçados pelo Conselho Europeu”, pelo que não evitou as novas sanções — na sua conta no Twitter, o embaixador menciona o avião militar ucraniano derrubado esta semana no Leste da Ucrânia e a suspeita de ter sido abatido por um míssil disparado a partir da Rússia. A Rússia não reagiu à acusação, mas uma fonte próxima do Kremlin disse que o Governo russo está a estudar a possibilidade de efectuar “raides cirúrgicos” no Leste da Ucrânia para proteger o seu território, depois de dois obuses terem caído do seu lado da fronteira.
O Governo alemão criticou também o Governo russo por não ter cumprido o compromisso que assumira no início de Julho de trabalhar para a diminuição da intensidade do conflito e de promover um entendimento entre as duas partes. Um porta-voz da chanceler Angela Merkel, citado pela Reuters, disse que a chanceler falou ao telefone com o Presidnete dos EUA, Barack Obama, e com o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, sobre a recusa dos separatistas em se juntarem às convsersações que já decorrem entre Kiev, Moscovo e os mediadores ocidentais (estava marcada uma vídeoconferência entre as três partes na terça-feira à tarde, mas os separatistas não participaram). com agências
No terreno os combates continuam nos arredores de Lougansk, uma cidade de meio milhão de habitantes onde nas últimas 24 horas morreram 12 pessoas (entre elas uma criança de três anos). As tropas ucranianas estão a progredir em direcção a Donetsk, o novo quartel-general dos separatistas após a queda de Slaviansk, e parte de população civil está a abandonar a cidade, a maior parte deles em direcção à Rússia.