Vítor Bento quer "recuperar a confiança dos mercados"
Amílcar Morais Pires recusa continuar na administração do BES.
"Dirijo-me hoje a todos os colaboradores do BES naquele que é o meu segundo dia neste desafio. Quero começar por manifestar o orgulho que sinto por me ter sido confiada esta missão", começa por afirmar Bento, para acrescentar que o banco é uma instituição com um passado histórico, um pilar da nossa economia, das nossas empresas e dos portugueses em geral - e irá continuar a sê-lo".
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"Dirijo-me hoje a todos os colaboradores do BES naquele que é o meu segundo dia neste desafio. Quero começar por manifestar o orgulho que sinto por me ter sido confiada esta missão", começa por afirmar Bento, para acrescentar que o banco é uma instituição com um passado histórico, um pilar da nossa economia, das nossas empresas e dos portugueses em geral - e irá continuar a sê-lo".
Depois de sustentar que o BES "tem uma equipa de gestão forte e empenhada" e de sublinhar as entradas de José Honório (vice-presidente) e de João Moreira Rato (administrador com o pelouro financeiro), o novo CEO do banco reconhece a pressão que o BES sofre no momento, "causada pelas especulações das últimas semanas". Mas acrescenta que "o BES é uma instituição que está capitalizada, está assente na economia real e é líder na satisfação ao cliente a nível europeu – e que todos vós são parte integrante desta referência.
Vítor Bento reconhece que o banco tem pela frente obstáculos e desafios, mas diz-se confiante de a instituição irá ultrapassá-los. "Por isso, peço-vos que mantenham a reconhecida excelência de serviço e empenho nas vossas funções, tanto nas áreas comerciais como nos departamentos centrais. Nunca, como hoje, o BES precisou tanto dos seus colaboradores – que são o seu principal ativo - para construir um futuro sólido, de confiança e de excelência", defende.
Antes de divulgar o comunicado, Bento tinha reunido com os altos quadros do banco onde revelou que Amílcar Morais Pires, anterior administra~dor com o pelouro financeiro e que chegou a ser dado como o sucessor de Salgado na condução da gestão executiva do BES, foi convidado para assumir o pelouro internacional na nova gestão, mas recusou o convite.