Palestinianos com dupla nacionalidade fogem de Gaza
“Nós temos muita sorte…podemos viajar. As pessoas em Gaza não podem partir", disse um americano.
Informações da Reuters indicam que o número dos que até à tarde deste domingo tinham partido rondava os 850. Muitos partirão de Israel, por onde têm de passar, para os países onde vivem ou dos quais têm nacionalidade, outros seguem para Jordânia.
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Informações da Reuters indicam que o número dos que até à tarde deste domingo tinham partido rondava os 850. Muitos partirão de Israel, por onde têm de passar, para os países onde vivem ou dos quais têm nacionalidade, outros seguem para Jordânia.
O maior contingente dos que já deixaram território palestiniano pela fronteira de Erez é formado por cidadãos com passaporte norte-americano: cerca de 300, segundo a NBC News. Muitos tinham-se deslocado temporariamente a Gaza, para visitas à família ou em férias.
“Nos temos muita sorte…podemos viajar. As pessoas em Gaza não podem sequer partir, e esse é um direito básico”, disse à televisão norte-americana Rawan Mohanna, 21 anos, estudante de química na Universidade do Texas, que foi ao casamento de um familiar. “O meu corpo deixa Gaza mas o meu coração estará sempre aqui”, disse à Akram Mustasha, de Houston, que estava participar num campo de Verão.
O número de palestinianos-romenos que partiram ronda a centena, segundo o Jerusalem Post. Estão também a deixar Gaza palestinianos-canadianos, palestinianos-britânicos e com outras nacionalidades. O embaixador da Austrália em Israel, Dave Sharma, confirmou ter começado na quinta-feira a aconselhar os cidadãos do seu país a deixarem Gaza e adiantou que 22 decidiram fazê-lo. Cinco saíram no sábado, para o Egipto, por Rafah.