Viana exige “intervenção urgente” do Governo no combate à vespa asiática

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"Atendendo à dimensão preocupante que o problema está a tomar na região norte, solicita-se à senhora Ministra da Agricultura e Pescas que seja implementada uma estratégia nacional e uma acção concertada das diversas entidades, clarificando as competências e criando uma equipa de intervenção que permita combater esta praga que está a pôr em causa a apicultura e a saúde pública", lê-se na proposta aprovada hoje à tarde na reunião ordinária do executivo.

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"Atendendo à dimensão preocupante que o problema está a tomar na região norte, solicita-se à senhora Ministra da Agricultura e Pescas que seja implementada uma estratégia nacional e uma acção concertada das diversas entidades, clarificando as competências e criando uma equipa de intervenção que permita combater esta praga que está a pôr em causa a apicultura e a saúde pública", lê-se na proposta aprovada hoje à tarde na reunião ordinária do executivo.

A vespa asiática é maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional e foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004, tendo alastrado até agora por todo o país.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do ano seguinte e depois de se instalar também no norte de Espanha.

Na exigência que vai seguir para o ministério de Assunção Cristas, o município lembra que a protecção civil municipal foi a entidade que começou em 2012 a destruir dezenas de ninhos sinalizados.

A destruição dos ninhos, normalmente através de fogo, era assegurada pelos serviços municipais de protecção civil, envolvendo a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), associações de apicultores e bombeiros.

"No ano de 2013 a atribuição dessa tarefa deixou de ser clara uma vez que, se por um lado o plano de acção relativo à vespa velutina, da autoria da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, prevê que compete aos serviços de Protecção Civil accionar os meios necessários à destruição dos ninhos, acontece, por outro lado, que em Dezembro de 2013 a Autoridade Nacional de Protecção Civil emitiu um comunicado declinando toda a responsabilidade nesta matéria atribuindo-a, nesse mesmo documento, à DGAV", sustenta o município.

No entanto, a autarquia socialista garante receber "com muita frequência" da DGAV denúncias de novos ninhos, "juntamente com a informação reiterada de que a destruição dos mesmos não é da sua competência".

Além do problema da biodiversidade, ao "prejudicar a alimentação" de outras espécies, trata-se, segundo os apicultores, de uma vespa "mais agressiva" que faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer.

De acordo com dados da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) cada ninho pode albergar até 2000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos 6 novos ninhos, o que motiva, diz o município "uma propagação muito preocupante".

"Este problema ultrapassa os limites do concelho, havendo já casos nos concelhos limítrofes e em toda região norte pelo que as medidas de combate a esta praga terão que ser rapidamente e com clareza concertadas a nível nacional", remata o município