Braga começa reabilitação das Sete Fontes, mas EcoParque terá de esperar

O EcoParque das Sete Fontes, com uma área próxima dos 30 hectares, foi um dos compromissos eleitorais de Ricardo Rio.

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Adriano Miranda

O presidente da câmara, Ricardo Rio, apresentou a obra de reabilitação como um investimento “crucial” para evitar a degradação do sistema de abastecimento de água e das estruturas monumentais que o integram. A intenção destes trabalhos é “começar a contribuir para o grande projecto do parque monumental”, anunciou o autarca. O EcoParque das Sete Fontes, com uma área próxima dos 30 hectares, foi um dos compromissos eleitorais com os quais Rio foi eleito presidente da câmara de Braga no ano passado. O projecto não tem, porém, ainda um calendário, nem foi feito uma estimativa dos seus custos.

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O presidente da câmara, Ricardo Rio, apresentou a obra de reabilitação como um investimento “crucial” para evitar a degradação do sistema de abastecimento de água e das estruturas monumentais que o integram. A intenção destes trabalhos é “começar a contribuir para o grande projecto do parque monumental”, anunciou o autarca. O EcoParque das Sete Fontes, com uma área próxima dos 30 hectares, foi um dos compromissos eleitorais com os quais Rio foi eleito presidente da câmara de Braga no ano passado. O projecto não tem, porém, ainda um calendário, nem foi feito uma estimativa dos seus custos.

O autarca admite que a intenção de criar um grande parque de lazer na envolvente das Sete Fontes está condicionada aos direitos de propriedade e usufruto sobre os terrenos envolventes do complexo monumental. A câmara não tem, neste momento, direitos sobre nenhum dos terrenos, apenas beneficiando da propriedade pública das áreas de implantação do sistema, numa extensão de 3500 metros, devido à sua classificação como monumento nacional.

Será, por isso, necessário garantir os direitos sobre os terrenos envolventes para viabilizar o projecto. A negociação ou permuta com os mais de uma dezena de proprietários está a ser feita “de forma casuística”, diz o autarca, que admite, também, recorrer a um sistema de perequação ou, “como solução de recurso” a expropriações, para acelerar o processo.

Ricardo Rio defende, no entanto, que “já se fez mais pelas Sete Fontes nestes sete meses de mandato do que em muito anos de inércia do anterior executivo”. O presidente da câmara lembra que, logo após a tomada de posse, a autarquia decidiu suspender o Plano Director Municipal na área envolvente ao monumento, de forma a controlar a pressão imobiliária sobre o local, e abandonou o projecto da circular rodoviária que devia contornar o complexo.

As obras de recuperação do complexo de abastecimento de água são um novo passo, defende. Os trabalhos começaram esta quarta-feira-feira e vão prolongar-se até ao final do ano, num investimento de 60 mil euros, que é co-financiado por fundos europeus. A intervenção vai permitir a limpeza e reposição dos rebocos das mães d’água, muros e outras estruturas de pedra, bem como a substituição das actuais portas metálicas por portas de madeira uniformes.

Na mesma ocasião, a autarquia apresentou também o projecto de musealização das ruínas suevas de S. Martinho de Dume, também classificadas como monumento nacional, integrando os restos de uma primitiva basílica cristã que é um dos principais exemplos da difusão do cristianismo na Península Ibérica entre os séculos V e VII. Tal como a intervenção nas Sete Fontes, a obra é co-financiada por fundos comunitários e vai prolongar-se até ao final do ano, mas o custo total é mais elevado, ultrapassando os 300 mil euros.