Sindicato fala em adesão de 90% à greve dos médicos

Greve continua nesta quarta-feira.

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Os números da Fnam contrastam com os relatos de manhãs relativamente tranquilas nos hospitais e centros de saúde, com muitos dos clínicos a terem optado pela remarcação dos actos médicos e com as unidades a avançarem, através dos seus dirigentes, com adesões menos expressivas do que há dois anos.

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Os números da Fnam contrastam com os relatos de manhãs relativamente tranquilas nos hospitais e centros de saúde, com muitos dos clínicos a terem optado pela remarcação dos actos médicos e com as unidades a avançarem, através dos seus dirigentes, com adesões menos expressivas do que há dois anos.

Contudo, ao PÚBLICO, Mário Jorge Neves garantiu que “os dados recolhidos meticulosamente” permitiram chegar à adesão de 90% e que só não avançaram com o balanço mais cedo para não “incorrerem em triunfalismos”. O sindicalista declarou que mesmo sem o apoio do Sindicato Independente dos Médicos e com menos tempo para organizar este protesto foi possível “mostrar a radicalização” do descontentamento e espera, agora, que “o Ministério da Saúde tire as ilações necessárias”.

O protesto foi convocado pela Fnam, com o apoio da Ordem dos Médicos, e tem a duração de 48 horas. Ao contrário da greve de 2012 motivada por questões relacionadas com os contratos de médicos tarefeiros, as carreiras médicas, as baixas tabelas salariais e a degradação da “qualidade dos cuidados de saúde, agravando as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde pelos portugueses”, o protesto desta semana centra-se em questões legislativas: os médicos defendem a necessidade de revogação, anulação ou rectificação de portarias e despachos produzidos pelo Ministério da Saúde, nomeadamente sobre a reorganização da rede hospitalar, o código de ética conhecido como “lei da rolha”, e a medicina do trabalho.