As esperanças dos eliminados
Há selecções que já caíram no Mundial, mas o futuro promete-lhes ser risonho.
O último caso é o da Bélgica, que caiu este sábado frente à Argentina nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo. A exibição foi fraca, tendo em conta aquilo que os diables rouges demonstraram nas partidas anteriores. Mas mesmo esta leitura demonstra o patamar de exigência a que a “geração de ouro” belga chegou.
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O último caso é o da Bélgica, que caiu este sábado frente à Argentina nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo. A exibição foi fraca, tendo em conta aquilo que os diables rouges demonstraram nas partidas anteriores. Mas mesmo esta leitura demonstra o patamar de exigência a que a “geração de ouro” belga chegou.
Com um dos plantéis mais jovens da competição, a Bélgica encarou a presença no Mundial como o primeiro teste à capacidade competitiva desta geração. Jogadores como Lukaku (21 anos), Hazard (23), Origi (19) ou Januzaj (19) são donos de um talento indiscutível, mas precisam da maturação que só as grandes competições podem dar. A eliminação frente à Argentina, um conjunto bem mais experiente, deixou bem patente essa necessidade.
Na sexta-feira foi a França a ceder perante a eficácia da Alemanha. Pouco se esperava dos gauleses, depois de uma participação muito negativa no Mundial da África do Sul e de um apuramento sofrido nos play-offs. Mas a equipa orientada por Didier Deschamps protagonizou algumas das exibições mais dominadoras na competição.
Na base da campanha dos bleus esteve também uma equipa com jovens valores, mas que ainda necessitam de experiência internacional, como são os casos de Varane (21 anos) ou de Pogba (21). A renovação da França pode ainda ancorar na geração campeã mundial de sub-20 em 2013 – de onde já vieram Pogba e Lucas Digne.
Pior sorte teve a Inglaterra, eliminada na fase de grupos e com um saldo de duas derrotas e um empate. No entanto, ficaram na retina alguns pormenores de bom futebol, com uma qualidade técnica rara em anteriores selecções inglesas.
Alguns dos jogadores que Roy Hodgson levou para o Brasil chegaram à selecção principal apenas nos últimos meses. São os casos de Ross Barkley (20 anos), Luke Shaw (18), Raheem Sterling (19) ou Adam Lallana (26), que têm vindo a assumir-se como peças preponderantes no “onze” inglês. O seleccionador inglês deu pistas daquilo que pode ser a reformulação da equipa, dando a titularidade a alguns destes jogadores na última partida frente à Costa Rica.
O foco para estas três selecções é o Campeonato Europeu 2016, cuja fase de qualificação arranca em Setembro. Acabava a Inglaterra de ser eliminada, depois de perder com o Uruguai (2-1), e já Roy Hodgson apontava para esse futuro: “”Estes jogadores, nos próximos dois anos a jogar na Premier League, como têm jogado, vão com certeza melhorar e ficar mais fortes.”
Mas também fora da Europa há motivos para sorrir, apesar das eliminações. A Colômbia foi muito aplaudida pelo seu futebol atractivo e atacante, mas não resistiu perante o Brasil. Até aos quartos-de-final, o Mundial foi praticamente um “passeio” para os sul-americanos, que somaram quatro vitórias e marcaram onze golos.
A grande foça criativa do sucesso colombiano foi James Rodriguez (22 anos), eleito o melhor jogador da primeira fase da competição, de acordo com o índice de performance da FIFA. Já se contam os dias para o próximo jogo da Colômbia no Mundial da Rússia.