Conselho superior do GES reúne-se de emergência
Reunião visa resolver impasse à volta do grupo.
Em causa está também a futura liderança do BES, o principal activo, já que, sendo o accionista principal (com 25,1%), a família terá uma palavra determinante sobre a escolha do presidente executivo que vai substituir Ricardo Salgado. O banqueiro já anunciou que renunciava ao cargo. A indicação de Morais Pires, o administrador financeiro do BES, escolhido pela ESFG, holding que detém a posição na instituição financeira, para ocupar a cadeira de Salgado terá colocado reservas ao Banco de Portugal (BdP).
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Em causa está também a futura liderança do BES, o principal activo, já que, sendo o accionista principal (com 25,1%), a família terá uma palavra determinante sobre a escolha do presidente executivo que vai substituir Ricardo Salgado. O banqueiro já anunciou que renunciava ao cargo. A indicação de Morais Pires, o administrador financeiro do BES, escolhido pela ESFG, holding que detém a posição na instituição financeira, para ocupar a cadeira de Salgado terá colocado reservas ao Banco de Portugal (BdP).
As indicações que têm vindo a público apontam para o facto de o BdP estar a forçar a ESFG a avançar com outro nome (falando-se em Joaquim Goes), pois Amílcar Morais Pires é arguido num processo de mercado.
Em cima da mesa pode estar também a escolha de uma figura da família que não seja Salgado, que esteve à frente do GES, para liderar o novo conselho estratégico do BES (um órgão não estatutário). O grupo é acusado de ter apresentado às autoridades contas adulteradas.
Será em todo o caso difícil ao BdP impedir que a família Espírito Santo não se faça representar no novo conselho estratégico, que irá a votos a 31 de Julho na assembleia geral marcada para essa data.