Ordem apoia greve dos médicos
Protesto marcado pela Federação Nacional dos Médicos para os próximos dias 8 e 9 de Julho.
Num extenso comunicado, a Ordem dos Médicos (OM) explica a razão pela qual se mobiliza para a greve. Entende que “estão em causa a Qualidade do SNS e os direitos dos doentes” e que, “apesar de ter soluções, o Ministro continua a degradar o SNS e a não dar um Médico de Família a todos os portugueses”.
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Num extenso comunicado, a Ordem dos Médicos (OM) explica a razão pela qual se mobiliza para a greve. Entende que “estão em causa a Qualidade do SNS e os direitos dos doentes” e que, “apesar de ter soluções, o Ministro continua a degradar o SNS e a não dar um Médico de Família a todos os portugueses”.
Na sua longa enumeração, a Ordem alega que o Governo “dificulta o acesso dos doentes a medicação inovadora”, “não contrata os profissionais de saúde essenciais”, “não evita a emigração de especialistas médicos portugueses e contrata médicos estrangeiros pelo dobro do custo dos médicos residentes em Portugal”.
Acresce, alega ainda a Ordem, que o Governo “não publica a Lei do Acto Médico, que permitira o combate ao exercício ilegal da medicina”, “continua a querer filtrar a informação através de um Código de Ética enviesado”, “não cuida da manutenção de edifícios e equipamentos” e quer “colocar os Médicos de Família, que já não têm tempo suficiente para os seus utentes, a exercer Medicina do Trabalho".
Há outras razões para o protesto: o ministério, diz a OM, “impõe limites à continuação da reforma dos Cuidados de Saúde Primários”, “continua a efectuar concursos fechados, que são ilegais e dificultam a fixação de médicos no interior”, e a “privilegiar as empresas intermediárias de recrutamento de médicos”.
Por tudo isso, a Ordem pede a médicos e doentes que comuniquem “todas as falhas do SNS”, apela aos profissionais “que não aceitem negociar e renunciem a qualquer tipo de contratualização com o Ministério da Saúde de indicadores que prejudicam a humanização da medicina”.
Nesse sentido, pede aos doentes para nos dias de greve não irem às consultas ou fazer exames complementares de diagnóstico aos centros de saúde e hospitais. Em vez disso, concentrem-se às 15h30 do dia 8 em frente ao Ministério da Saúde.