Conteúdos pornográficos em painéis de turismo estão a ser averiguados na Guarda

Entidade está a apurar responsabilidades pela emissão dos conteúdos pornográficos . A PJ, que tem competência investigatória exclusiva, não foi informada.

Foto
Sé da Guarda, junto à Praça Luís de Camões Paulo Ricca (arquivo)

António Saraiva, o director da Agência para a Promoção da Guarda, entidade gestora do equipamento, disse à agência Lusa que o ataque “foi um acto de pirataria informática”. O responsável anunciou ainda que aquela agência está a “apurar responsabilidades” para se descobrir qual o meio usado pelos piratas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

António Saraiva, o director da Agência para a Promoção da Guarda, entidade gestora do equipamento, disse à agência Lusa que o ataque “foi um acto de pirataria informática”. O responsável anunciou ainda que aquela agência está a “apurar responsabilidades” para se descobrir qual o meio usado pelos piratas.

Porém, até agora a PJ não recebeu qualquer participação sobre o caso, garantiu fonte daquela polícia ao PÚBLICO. O crime em causa, que poderá ser de sabotagem, acesso ilegítimo ou fraude informática, depende de queixa. Sem ela, não é aberto um inquérito.

A PJ é a polícia com competência exclusiva para investigar estes casos, pelo que uma participação no Ministério Público ser-lhe-ia de imediato remetida para averiguação. O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar António Saraiva. No mês passado, os painéis turísticos de Ponte Lima sofreram um ataque semelhante

Aqueles conteúdos, que substituíram as habituais informações turísticas foram, segundo a Agência para a Promoção da Guarda, detectados às 3h00 e estiveram visíveis durante um período de tempo ainda por apurar. O alerta para o sucedido, contudo, foi dado pelas 12h00 de domingo, por um cidadão da Guarda. O painel em causa foi imediatamente desligado e assim ficará até a falha de segurança ser resolvida, noticiou o Correio da Manhã.

"Também já está a ser providenciado tentarmos bloquear outros sistemas para que conteúdos impróprios não possam ter esta facilidade e agilização em termos de actos de pirataria", referiu António Saraiva. O director daquela agência admitiu ainda a possibilidade de o ataque informático ter sido realizado "localmente", situação que está a ser apurada com a empresa que faz a gestão informática do painel.

Os quatro painéis espalhados pela cidade foram instalados em Setembro de 2013 com o objectivo de facilitar o acesso a informações da Guarda, do concelho e da região, a visitantes e a residentes. O investimento ascendeu aos 80 mil euros e foi sustentado, em parte, por fundos comunitários.