Inflação na zona euro estabiliza a níveis baixos
Primeiros dados publicados desde que o BCE aprovou novas políticas contra o risco de deflação.
De acordo com os dados publicados pelo gabinete estatístico europeu, os preços da alimentação, álcool e tabaco caíram 0,2% face ao mesmo período do ano anterior, ao passo que os preços dos serviços subiram 1,3% e os dos combustíveis ficaram praticamente inalterados, com um aumento de 0,1%. A taxa de inflação homóloga excluindo energia, alimentação, tabaco e álcool (produtos mais voláteis nos seus preços) passou de 0,7% em Maio para 0,8% em Junho.<_o3a_p>
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
De acordo com os dados publicados pelo gabinete estatístico europeu, os preços da alimentação, álcool e tabaco caíram 0,2% face ao mesmo período do ano anterior, ao passo que os preços dos serviços subiram 1,3% e os dos combustíveis ficaram praticamente inalterados, com um aumento de 0,1%. A taxa de inflação homóloga excluindo energia, alimentação, tabaco e álcool (produtos mais voláteis nos seus preços) passou de 0,7% em Maio para 0,8% em Junho.<_o3a_p>
A manutenção da inflação em 0,5% significa que em Junho se registou uma estabilização da evolução dos preços na zona euro (em Maio a variação também tinha sido de 0,5%), mas a um nível bastante baixo. Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu, classificou como “zona de perigo” as taxas de inflação que ficam abaixo de 1%. É nessa situação que a zona euro se encontra há já nove meses consecutivos. O objectivo de médio prazo do BCE de uma inflação abaixo mas próxima de 2% continua também sob ameaça.<_o3a_p>
Estes foram os primeiros dados para os preços publicados pelo Eurostat depois do BCE ter anunciado a aplicação de diversas medidas de combate à inflação demasiado baixa na zona euro e que incluíram novas descidas das taxas de juro, fim da esterilização das compras de obrigações realizadas pelo banco central e lançamento de um novo programa de empréstimos de longo prazo aos bancos, desde que estes concedam mais crédito às empresas e às famílias.<_o3a_p>
Mario Draghi deixou claro, ainda, após a reunião do conselho de governadores de 5 de Junho, que o BCE está preparado para ir mais longe nas suas medidas, incluindo com a compra de activos nos mercados. O banco central continua, contudo, a defender que a zona euro não está a entrar em situação de deflação, assistindo-se antes ao risco de um período de inflação demasiado baixa por um período longo de tempo.<_o3a_p>