Soajo comemora 500 anos para reafirmar “força e a garra” das suas gentes

A aldeia do Soajo é conhecida pela sua eira comunitária constituída por 24 espigueiros.

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A aldeia do Soajo é conhecida pela sua eira comunitária constituída por 24 espigueiros

O programa começa sábado com a apresentação da intervenção de valorização e protecção do Pelourinho do Soajo.

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O programa começa sábado com a apresentação da intervenção de valorização e protecção do Pelourinho do Soajo.

"O investimento não foi significativo o importante é que reabilitamos um marco da autonomia municipal, um símbolo com 500 anos da força e da garra desta população serrana que já foi vila", sustentou o social-democrata João Esteves.

As celebrações incluem ainda a teatralização, envolvendo toda a comunidade, da entrega do Foral de Soajo pelo rei Manuel I e terminam, em Outubro com o lançamento de uma obra sobre o Foral atribuído pelo mesmo monarca em 1514.

O estudo histórico e documental é da autoria de Paula Pinto Costa, docente Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

"Queremos fazer passar a mensagem que somos um concelho que pega no seu passado e projecta o seu futuro", explicou João Esteves.

No sábado, o programa comemorativo dos 500 anos do Foral prevê ainda um espectáculo com a cantora Uxia da Galiza e projecções multimédia no largo do Eiró, no Soajo.

A aldeia do Soajo situa-se na serra da Peneda, sobranceira ao rio Lima. Terá sido fundada no século I, mas só no século XVI lhe foi atribuída carta de foral.

Em Agosto, aproveitando a presença de muitos emigrantes as comemorações incluem um jantar com a diáspora para apresentar a reedição de uma obra em banda desenhada sobre a lenda de ‘O Juiz de Soajo' "símbolo de inteligência e justiça", e para lançar também a reprodução do Foral manuelino.

"São iniciativas que realçam o valor histórico do concelho, as suas gentes de valor que hoje estando espalhadas um pouco por todo o mundo conseguem projectar e encontrar futuro para a nossa terra" adiantou João Esteves.

A aldeia do Soajo é conhecida pela sua eira comunitária constituída por 24 espigueiros, todos em pedra e assentes em granito. O mais antigo data de 1782.