Buscas no mar para encontrar avião da Malaysia Airlines deslocam-se para Sul
Aparelho voava “muito provavelmente” em piloto automático quando caiu no mar, por falta de combustível.
Os esforços para localizar o MH370 no fundo do mar vão concentrar-se numa área de 60 mil metros quadrados, a 1800 km da costa oeste da Austrália.
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Os esforços para localizar o MH370 no fundo do mar vão concentrar-se numa área de 60 mil metros quadrados, a 1800 km da costa oeste da Austrália.
A decisão, anunciada nesta quinta-feira por Warren Truss, vice-primeiro-ministro da Austrália, o país que coordena as buscas, foi tomada após uma reanálise de dados de satélite e radar.
Truss disse que o Boeing 777 voava “muito provavelmente” em piloto automático quando caiu no mar, por falta de combustível. A tripulação deveria estar inconsciente devido a falta de oxigénio ou outro factor desconhecido, disse o ministro. “Podemos dizer, penso, que é muito provável que o aparelho estivesse em piloto automático. Caso contrário, não teria seguido a trajectória muito regular que foi identificada graças aos dados de satélite”, afirmou.
Se houver uma despressurização da cabine do avião, os pilotos devem colocar as máscaras de oxigénio imediatamente, o que lhes dará para cerca de uma hora - mais tempo do que para os passageiros, que apenas têm oxigénio de emergência para alguns minutos, salienta o New York Times. O avião que deixou Kuala Lumpur a 8 de Março com 239 pessoas a bordo virou para Sul, bastante fora da sua rota, que devia leva-lo para Pequim, cerca de uma hora depois de estar no ar.
A próxima fase das buscas deve começar em Agosto. Dois navios, um chinês e um holandês estão actualmente a fazer a identificação do fundo do mar da zona a pesquisar. Nalgumas áreas ultrapassa os 5000 metros de profundidade. A pesquisa dos 60 mil quilómetros quadrados de oceano delimitados poderá prolongar-se por um ano.
O MH370 desapareceu a 8 de Março, pouco depois de levantar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. Até agora, apesar de intensas buscas, não foi encontrado qualquer vestígio do aparelho.
Os escassos indícios levam os investigadores a admitirem que o avião tenha sido deliberadamente desviado da rota prevista antes de se despenhar no oceano.