Paulo Macedo diz que número de suicídios está a cair

Ministro da Saúde apresentou dados da Direcção-Geral da Saúde dos primeiros cinco meses do ano.

Foto
A maior parte dos casos foram registados no distrito de Lisboa Miguel Madeira

O ministro começou por dizer que é cedo para comparações, até porque o ano ainda vai a meio. E alertou que o facto de as mortes terem começado a ser registadas electronicamente, quando antes eram inscritas em papel, faz com que também não possam ser feitas leituras em relação aos anos passados. Agora a recolha é feita com recurso ao Sistema de Informação dos Certificados de Óbito que reúne dados obtidos pelo Ministério Público, pelas forças policiais, pelos hospitais, centros de saúde e serviços de medicina legal.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O ministro começou por dizer que é cedo para comparações, até porque o ano ainda vai a meio. E alertou que o facto de as mortes terem começado a ser registadas electronicamente, quando antes eram inscritas em papel, faz com que também não possam ser feitas leituras em relação aos anos passados. Agora a recolha é feita com recurso ao Sistema de Informação dos Certificados de Óbito que reúne dados obtidos pelo Ministério Público, pelas forças policiais, pelos hospitais, centros de saúde e serviços de medicina legal.

Apesar disso, Macedo diz que os números apontam para “uma redução”, já que, com o método electrónico, segundo o ministro, seria expectável que os valores aumentassem devido ao acréscimo de fiabilidade. Antes, muitos casos eram omitidos das certidões de óbito em papel, por questões religiosas ou relacionadas com os seguros de vida.

O relatório da DGS, a que o PÚBLICO teve acesso, mostra que em 2011 foram registados 1206 casos de morte por suicídio, um número que caiu em 2012, para 1057 casos, e que subiu no ano passado, para 1080. Já até Maio deste ano, foram registados 390 casos, com maior incidência em Abril, com 89 mortes. A manter-se uma média de 78 casos por mês, o ano de 2014 acabaria com pouco mais de 930 suicídios.

O trabalho da DGS apresenta os casos discriminados por grupo etário, percebendo-se que a maior parte dos suicídios foram cometidos por pessoas com mais de 75 anos, seguidas pelo grupo etário dos 55 aos 64 anos. As faixas etárias dos 45 aos 54 anos e dos 65 aos 74 surgem quase em situação de empate. Lisboa foi o distrito com mais casos registados, seguido pelos de Setúbal, Leiria e Faro.