Cheques-dentista deviam abranger também crianças de escolas privadas
Maioria dos médicos dentistas não considera adequado o número e o valor dos cheques-dentista atribuídos, refere estudo da Entidade Reguladora da Saúde.
“Embora a escolha dos grupos de beneficiários do PNPSO se encontre justificada com base na vulnerabilidade em termos de saúde oral, a universalidade e a equidade no acesso podem ser questionadas”, defende a ERS nas conclusões do estudo, sublinhando que não são abrangidos “determinados indivíduos que pertenceriam aos grupos de beneficiários se estes fossem definidos em sentido lato (crianças e jovens, grávidas, idosos e utentes com VIH/sida)”. As crianças de 7, 10 e os jovens de 13 e de 16 anos que frequentam as escolas públicas têm direito a receber estes cheques no valor de 35 euros cada.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Embora a escolha dos grupos de beneficiários do PNPSO se encontre justificada com base na vulnerabilidade em termos de saúde oral, a universalidade e a equidade no acesso podem ser questionadas”, defende a ERS nas conclusões do estudo, sublinhando que não são abrangidos “determinados indivíduos que pertenceriam aos grupos de beneficiários se estes fossem definidos em sentido lato (crianças e jovens, grávidas, idosos e utentes com VIH/sida)”. As crianças de 7, 10 e os jovens de 13 e de 16 anos que frequentam as escolas públicas têm direito a receber estes cheques no valor de 35 euros cada.
No estudo são ainda destacados outros limites deste plano, como os que se prendem com a definição de um número máximo de cheques-dentista a atribuir a cada grupo. A ERS acrescenta, aliás, que a maioria dos médicos dentistas considera que o número de cheques e o valor destes "não são compatíveis com as necessidades dos benficiários".
Defende ainda que o número de higienistas orais, que podem por exemplo aplicar selantes e flúor, “é residual” nos centros de saúde e que também não é suficiente o número destes profissionais para, "em ambiente escolar, sinalizarem" as crianças que necessitam de tratamentos.