Um concerto de bateria no Chiado em luta contra a tortura
Integrada numa campanha da Amnistia Internacional, esta performance de rua vai ser interpretada pelo baterista Hélio Morais, dos Linda Martini e PAUS
Hélio Morais — dos Linda Martini e PAUS — vai tocar bateria esta quinta-feira, dia 25 de Junho, às 18h, em frente ao café A Brasileira. Não será para recolher trocos, e a bateria em si é composta por instrumentos de tortura. Há um sentido algures entre tudo isto: trata-se de uma performance de rua organizada pelo departamento português da Amnistia Internacional, inserido na campanha global "Stop Torture".
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Hélio Morais — dos Linda Martini e PAUS — vai tocar bateria esta quinta-feira, dia 25 de Junho, às 18h, em frente ao café A Brasileira. Não será para recolher trocos, e a bateria em si é composta por instrumentos de tortura. Há um sentido algures entre tudo isto: trata-se de uma performance de rua organizada pelo departamento português da Amnistia Internacional, inserido na campanha global "Stop Torture".
Ao fim do concerto pouco ortodoxo serão recolhidas assinaturas para petições pelo fim do uso da tortura em Marrocos e no Uzbequistão — os casos de trabalho atribuídos à Amnistia Internacional portuguesa.
O instrumento em si, construído por Rui Pina, é composto por uma série de ferramentas prosaicas. Entre púcaros, tachos, funis ou cafeteiras nada parece prometer violência. É um pouco esse o aspecto que se pretende explorar com esse paradoxo de se fazer música com instrumentos que pelo mundo são ocasionalmente utilizados para causar sofrimento a seres humanos.
Esta performance de rua serve também para antecipar Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, que tem lugar no dia 26 de Junho. A campanha global contra a tortura é o grande foco de 2014 para a Amnistia Internacional, como forma de assinalar o 30º aniversário da assinatura da Convenção Contra a Tortura das Nações Unidas — um tratado que esta ONG acusa vários países assinantes de quebrarem.
Texto editado por Andréia Azevedo Soares