Explosão em centro comercial faz 21 mortos na Nigéria

Atentado à bomba não foi reivindicado mas suspeitas recaem sobre grupo islamista Boko Haram.

Foto
A explosão destruiu parte do complexo comercial e atingiu vários automóveis REUTERS/Afolabi Sotunde

O porta-voz da polícia de Abuja, Frank Mba, disse aos jornalistas que a polícia está a processar o local como uma “cena de crime”. O responsável não se pronunciou sobre as suspeitas de um possível envolvimento dos militantes do Boko Haram, mas como notava a AFP, o grupo islamista já tentou por duas vezes atingir o local.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O porta-voz da polícia de Abuja, Frank Mba, disse aos jornalistas que a polícia está a processar o local como uma “cena de crime”. O responsável não se pronunciou sobre as suspeitas de um possível envolvimento dos militantes do Boko Haram, mas como notava a AFP, o grupo islamista já tentou por duas vezes atingir o local.

Segundo a BBC, o atentado ocorreu uma hora antes do início do jogo entre a Nigéria e a Argentina no Mundial de futebol do Brasil, quando o centro comercial Emab Plaza se encontrava repleto de clientes. A explosão fez-se sentir a quilómetros de distância, e projectou uma densa coluna de fumo sobre o edifício.

“Ouvi um barulho muito forte e vi o edifício a tremer. Depois as pessoas começaram a sair em pânico, aos gritos e todas ensanguentadas. Havia muito fumo, era um caos”, contou à BBC uma testemunho que se encontrava no exterior do edifício, Chiamaka Oham.

Alguns dos sobreviventes citados pelas agências fizeram referência a um cenário de guerra, com vítimas atingidas por estilhaços e feridos a tentar escapar do local. Os serviços de emergência confirmaram ter tratado 17 feridos, e garantiram que o edifício já se encontrava vazio.

O centro comercial situa-se no mesmo bairro que alberga o complexo governamental da Nigéria, as sedes das principais empresas e os hotéis de cadeias internacionais. O ataque não foi reivindicado mas as suspeitas recaem sobre os extremistas do Boko Haram, que em Abril e Maio assumiram a responsabilidade por dois atentados consecutivos em Abuja.