Piratas invadem Leça da Palmeira

Durante três dias, o forte Nossa Senhora das Neves recebe actividades de recriação histórica.

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Recordar a história e o património da cidade é o grande mote do evento Foto: DR

As naus, galeões, patachos e caravelas eram as embarcações que asseguravam o comércio marítimo e, pela riqueza que transportavam, eram os alvos favoritos dos piratas. A coroa portuguesa, para fazer face aos ataques e pilhagens, contratava corsários e tomava medidas de prevenção como a vigilância permanente das costas e a construção de fortificações. Uma delas foi o forte da Nossa Senhora das Neves, também conhecido como Castelo de Leça.

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As naus, galeões, patachos e caravelas eram as embarcações que asseguravam o comércio marítimo e, pela riqueza que transportavam, eram os alvos favoritos dos piratas. A coroa portuguesa, para fazer face aos ataques e pilhagens, contratava corsários e tomava medidas de prevenção como a vigilância permanente das costas e a construção de fortificações. Uma delas foi o forte da Nossa Senhora das Neves, também conhecido como Castelo de Leça.

A terceira edição da recriação histórica dos “Piratas” tem como objectivo, segundo a Câmara Municipal de Matosinhos, a divulgação do património histórico e cultural da cidade assim como pretende ser uma forma de incentivar a economia local, através do turismo, até porque são esperados milhares de visitantes, tal como aconteceu nas edições anteriores.

No dia 27, sexta-feira, as actividades iniciam-se com uma caça ao tesouro por parte da comunidade escolar, que vai colocar os mais novos à descoberta do século XVIII. Almocreves, bufarinheiros, mendigos, marinheiros são algumas das personagens que, no mercado, vão povoar as actividades e recriações.

Ainda no primeiro dia, pelas 21h, realiza-se um baile de máscaras do século XVII, a fazer lembrar o carnaval veneziano e com uma aula de etiqueta e de dança da época. Às 23h realiza-se o espectáculo de malabares de fogo e pirotecnia “Mare Tenebrum”. O programa encerra, às 00h45 com o fogo-de-artifício.

As actividades continuam no sábado com a abertura do porto e o início das actividades de comércio que passam pela venda de manjares feitos com produtos da época. A tarde será dedicada às dramatizações e recriações, que vão desde as sanzalas até à recepção ao rei D. João, passando pelo julgamento dos piratas. O dia estende-se por entre músicas e serenatas até que, às 22h30, dá-se o desembarque pirata e o rapto das freiras. A noite encerra com uma arruada.

O último dia do evento, domingo, é dedicado à dramatização da chegada e aclamação do rei D. João V assim como da representação das cortes. A comida e a bebida estarão presentes e, às 21h30, uma adaptação dramatúrgica da obra de Bernardo Santareno, representativa do auto-de-fé e condenação à morte do escritor judeu António José da Silva, será interpretada.

Ao longo dos três dias de evento, além das actividades de animação itinerante e permanente, o forte vai estar aberto para visitas guiadas mas as mesmas são limitadas ao número de inscrições disponíveis no Posto de Informação da cidade.

Texto editado por Ana Fernandes