Governo queniano aconselha os cidadãos a assistir os jogos do Mundial em casa

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Os locais públicos são potenciais alvos dos islamistas Thierry Gouegnon/Reuters

"Onde possível, pede-se aos quenianos para verem os jogos do Campeonato do Mundo no conforto das suas casas, em vez de o fazem em sítios lotados, abertos e desprotegidos", divulgou o Ministério do Interior queniano, num comunicado. Esta medida é tomada depois de no passado dia 16 de Junho, 49 pessoas terem sido mortas a tiro em Mpeketoni, na costa Norte do Quénia. O ataque ocorreu enquanto muitos habitantes estavam a assistir o jogo entre a Suíça e o Equador em bares, hotéis, cafés e restaurantes.

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"Onde possível, pede-se aos quenianos para verem os jogos do Campeonato do Mundo no conforto das suas casas, em vez de o fazem em sítios lotados, abertos e desprotegidos", divulgou o Ministério do Interior queniano, num comunicado. Esta medida é tomada depois de no passado dia 16 de Junho, 49 pessoas terem sido mortas a tiro em Mpeketoni, na costa Norte do Quénia. O ataque ocorreu enquanto muitos habitantes estavam a assistir o jogo entre a Suíça e o Equador em bares, hotéis, cafés e restaurantes.

A Al-Shabaab, milícia islamita aliada da Al-Qaeda que continua a aterrorizar a metade Sul da Somália, já reivindicou os ataques. Mais nove pessoas foram mortas noite seguinte numa vila vizinha. Embora oos ataques já terem sido reivindicados pelo grupo, o Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, culpou as "redes políticas locais" e uma "rede oportunista de outros gangues criminosos" pelos massacres.

"Apesar do Governo ter aumentado a segurança em todas as partes do país, proprietários de bares e restaurantes estão notificados para manter um nível de alerta elevado nas suas áreas de operação", alertou o governo queniano em comunicado.

Uhuru Kenyatta acredita que com estas medidas os proprietários dos espaços públicos, assim como os cidadãos, ficam  “livres dos criminosos que tentam tirar vantagem do Campeonato do Mundo” para fazerem ataques.

Estes ataques Al-Shabaab vêm justificar os avisos por parte de muitos governos estrangeiros, incluindo os EUA e o Reino Unido, que têm advertido os seus cidadãos a não viajarem para a região, especialmente nas áreas que fazem fronteira com a Somália, Mombasa e as favelas de Nairobi.