Colômbia confirma que não é um bluff, Costa do Marfim mais perto de cumprir tradição
A selecção sul-americana derrotou a Costa do Marfim, por 2-1, na segunda jornada do Grupo C do Mundial 2014.
A par da Bélgica, a Colômbia é neste Mundial o outsider com mais matéria-prima para se intrometer na luta dos crónicos candidatos e, para já, os colombianos não têm defraudado as expectativas. Mesmo sem Falcao (Carlos Bacca também estava indisponível por lesão), Pékerman tem ao seu dispor um grupo onde a abundância de qualidade permite ao treinador argentino não utilizar jogadores do nível de Fredy Guarín, Adrián Ramos ou Jackson Martínez.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A par da Bélgica, a Colômbia é neste Mundial o outsider com mais matéria-prima para se intrometer na luta dos crónicos candidatos e, para já, os colombianos não têm defraudado as expectativas. Mesmo sem Falcao (Carlos Bacca também estava indisponível por lesão), Pékerman tem ao seu dispor um grupo onde a abundância de qualidade permite ao treinador argentino não utilizar jogadores do nível de Fredy Guarín, Adrián Ramos ou Jackson Martínez.
Tal como tinha acontecido na estreia no Mineirão, frente à Grécia, Pékerman apostou no 4x2x3x1, mantendo no “onze” os mesmo protagonistas e entregando a James a responsabilidade de organizar o jogo ofensivo da equipa. O jogador do Mónaco e Juan Quadrado ditaram desde o primeiro minuto o ritmo “cafetero” e a Colômbia, mesmo sendo uma equipa com “salero”, mostrou um futebol maduro, procurando sempre o tempo certo para lançar o ataque aos “elefantes”.
E esta Costa do Marfim, que pela terceira vez chega a um Mundial com aspirações altas, apesar de ter conseguido ter mais posse de bola e o jogo (aparentemente) equilibrado, apenas nos últimos 15 minutos assustou a Colômbia. Embora mantendo o mesmo sistema de jogo, Sabri Lamouchi abdicou de Salomon Kalou e lançou Max-Alain Gradel, jogador do Saint-Étienne, mas com o “motor” (Yaya Touré) sempre em rotações baixas, a bola raramente chegou em boas condições a Wilfried Bony e Gervinho.
Após uma primeira parte em que se correram poucos riscos (Teo Gutiérrez desperdiçou a melhor oportunidade numa jogada construída pelo génio de Cuadrado e James), o início do segundo tempo mostrou uma Costa do Marfim mais afoita, mas a entrada de Juan Quintero, aos 53’, foi o “click” de que a partida precisava. Com o portista em campo, James ganhou ainda mais liberdade e inaugurou o marcador de forma invulgar: canto de Cuadrado, remate fulgurante de cabeça “à Falcao” do “10” ao primeiro poste, 1-0.
Desatado o nó africano, a Colômbia manteve o ritmo elevado e, sem dar tempo de reacção à Costa do Marfim, fez o segundo. Aos 70’, Serey Dié perdeu a bola à entrada da sua área, Gutiérrez estendeu a passadeira a Quintero e o portista, na cara de Barry, não perdoou.
Só a partir daí a Costa do Marfim, que já tinha em campo Drogba e Kalou, mostrou qualidade e arrojo para merecer quebrar a tradição de ficar pela fase de grupos, mas perante uma defesa competente da Colômbia, comandada pelo veterano Mario Yepes, que somou a sua 100.ª internacionalização, os “elefantes” apenas conseguiram reduzir por Gervinho, numa grande jogada individual do avançado da AS Roma.
Ficha de jogo, estatística e comparação de jogadores