Portuguesa Aptoide apresenta queixa na Comissão Europeia contra o Google

Startup acusa empresa norte-americana de concorrência desleal no mercado das apps para Android.

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Darren Staples/REuters

No blogue da startup, Paulo Trezentos, presidente-executivo da Aptoide, e Álvaro Pinto, director de operações da empresa, assinam um comunicado onde explicam as razões que levaram à apresentação da queixa na última segunda-feira. Segundo os dois responsáveis, o Google tem “minado sistematicamente” a capacidade da startup chegar aos seus clientes através de vários obstáculos, nomeadamente com a suspensão regular da Aptoide no Google Play.

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No blogue da startup, Paulo Trezentos, presidente-executivo da Aptoide, e Álvaro Pinto, director de operações da empresa, assinam um comunicado onde explicam as razões que levaram à apresentação da queixa na última segunda-feira. Segundo os dois responsáveis, o Google tem “minado sistematicamente” a capacidade da startup chegar aos seus clientes através de vários obstáculos, nomeadamente com a suspensão regular da Aptoide no Google Play.

A App Store (loja de aplicações) para smartphones Android critica ainda a empresa norte-americana pela “crescente e desnecessária complexidade dos consumidores esperarem para instalar ‘Unknown Sources’ como a Aptoide nas suas plataformas Android”.

O Google é ainda acusado de “impedir que consumidores e organizações escolham uma App Store com base na qualidade da tecnologia”. Paulo Trezentos e Álvaro Pinto afirmam que, no início deste mês, o Google Play suspendeu uma aplicação chamada Android Resources, que incluía informação sobre vários projectos Android, “só porque apresentava a Aptoide num dos projectos apresentados”.

Paulo Trezentos e Álvaro Pinto avançam que a Aptoide vai unir esforços com outras lojas independentes de aplicações, no sentido de se criar uma plataforma Android alternativa com base no Cyanogen, Nokia X ou Yandex.

A primeira versão da Aptoide foi lançada em 2009. Actualmente conta com 20 trabalhadores e cerca de seis milhões de utilizadores únicos por mês. No ano passado, facturou 230 mil euros, mas espera alcançar um volume de negócios de 750 mil euros este ano.

Esta não é a primeira queixa apresentada contra o Google por violação da livre concorrência. Um grupo de empresas, entre estas a Microsoft, Nokia e a Oracle, que se juntaram numa organização chamada Fair Search, criticaram a forma como o Google apresenta os resultados de pesquisa e direcciona os utilizadores para os seus próprios serviços especializados, como os mapas e a pesquisa de imagens.

Em resposta, o Google apresentou à Comissão Europeia uma proposta de medidas que inclui o compromisso de apresentar, de forma destacada, serviços rivais de busca especializada (por exemplo, pesquisas de hotéis, restaurantes ou produtos de consumo) sempre que mostrar aos utilizadores os seus próprios serviços do mesmo género.