Edifício da Alfândega do Porto considerado o “melhor centro de conferências” da Europa

Peritos em turismo de negócios e editores da revista Business Destinations elegeram este centro de congressos pela sua qualidade e inserção urbana.

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A localização e a envolvente foram determinantes para o prémio atribuído à Alfândega do Porto Paulo Ricca

Com 22 salas espalhadas por 40 mil metros quadrados, o imponente edifício do século XIX, reabilitado com um projecto de Souto de Moura na década de 1990, consegue receber eventos com três a quatro mil pessoas, mas, em plateia, tem a sua capacidade limitada a 1200 participantes explicou ao PÚBLICO o director-executivo do Centro de Congressos da Alfândega, Gouveia Santos. A instituição foi surpreendida com este prémio que resulta da escolha de peritos do sector de turismo e negócios e editores desta publicação internacional – e que é mais um a somar a vários que o Porto tem recebido nos últimos tempos.

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Com 22 salas espalhadas por 40 mil metros quadrados, o imponente edifício do século XIX, reabilitado com um projecto de Souto de Moura na década de 1990, consegue receber eventos com três a quatro mil pessoas, mas, em plateia, tem a sua capacidade limitada a 1200 participantes explicou ao PÚBLICO o director-executivo do Centro de Congressos da Alfândega, Gouveia Santos. A instituição foi surpreendida com este prémio que resulta da escolha de peritos do sector de turismo e negócios e editores desta publicação internacional – e que é mais um a somar a vários que o Porto tem recebido nos últimos tempos.

A sala de congressos do Porto estava na lista final com os centros congéneres de Dusseldorf, de Genebra e de Munique. Segundo o site da Business Destinations, os critérios de escolha têm que ver com: a qualidade e variedade de serviços, a relação qualidade preço, a presença na internet, as práticas de sustentabilidade e consciência ambiental, o serviço ao cliente e a visão de negócios. A Alfândega já tinha sido reconhecida em termos nacionais – como aconteceu  de novo este ano, na Bolsa de Turismo de Lisboa – mas é, segundo Gouveia Santos, a primeira instituição portuguesa a conseguir este reconhecimento da revista.

Para além de tudo o que depende do trabalho feito pelo Centro de Congressos, que no ano passado recebeu mais eventos, embora de menor dimensão média, num total de 300 mil participantes, é claro que a inserção urbana, e as condições que a cidade oferece foram determinantes para a decisão final. A revista elogia as qualidades arquitectónicas  do edifício, a  proximidade ao rio Douro, a classificação pela UNESCO de toda a zona histórica, a melhoria e diversidade da oferta hoteleira na Baixa e as acessibilidades, destacando a rede de metro. Assinala que o Porto venceu, pela segunda vez em 2014 o título de Melhor Destino Europeu do Ano, que monumentos como a Livraria Lello estão entre os mais belos do mundo e que até o aeroporto, ampliado em 2004, e situado a menos de meia hora de distância, tem ganho prémios consecutivos nos últimos oito anos.  

Silva Gouveia considera que, depois dos prémios conseguidos na área do turismo de lazer, este reconhecimento internacional do Porto no turismo de negócios é também “muito positivo para a cidade”, tendo em conta o perfil deste tipo de turista, o tempo que em média pernoita nas cidades onde vai a congressos e o gasto médio, que se situa, segundo alguns estudos, nos 400 euros diários. O aumento da capacidade instalada no Porto, nesta área, tem sido discutida nos últimos anos, principalmente desde que Rui Rio tentou, numa parceria com outras entidades, construir um centro para eventos de maiores dimensões no Palácio de Cristal, objectivo que não foi concretizado.

O actual presidente da câmara, Rui Moreira, também foi crítico do projecto previsto para os jardins do palácio e tem defendido que a reconversão do pavilhão Rosa Mota para eventos com seis mil participantes, no máximo, pode ser feita sem destruir os jardins, reformulando o projecto proposto por Rio e que tinha a assinatura de Carlos Loureiro, autor do projecto do pavilhão. Moreira pretende ver instalado na cidade uma unidade de congressos policêntrica, que se conjugue com a Alfândega e até com outros grandes edifícios da Zona Histórica do Porto.