Greve no metro de São Paulo suspensa até à véspera do Mundial

Sindicato espera que o Governo recue na demissão de 42 funcionários. Caso contrário, retoma a paralisação.

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Greve, iniciada na quinta-feira passada, é a mais longa de sempre na história do metro de São Paulo Reuters

A greve, iniciada na quinta-feira passada por aumentos salariais, poderá continuar caso o Governo do Estado de São Paulo não recue na decisão de demitir os funcionários que participaram nos piquetes. Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, citado pelo G1, site de notícias da Globo, além das 42 demissões já processadas estão em análise mais 13 casos, alegadamente por actos de vandalismo nas estações durante a greve.

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A greve, iniciada na quinta-feira passada por aumentos salariais, poderá continuar caso o Governo do Estado de São Paulo não recue na decisão de demitir os funcionários que participaram nos piquetes. Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, citado pelo G1, site de notícias da Globo, além das 42 demissões já processadas estão em análise mais 13 casos, alegadamente por actos de vandalismo nas estações durante a greve.

A decisão de suspender a paralisação foi tomada em reunião de assembleia-geral na segunda-feira (dia marcado por confrontos entre os funcionários e a Polícia Militar), embora sem consenso entre os trabalhadores, e as estações do metro foram sendo reabertas ao longo da tarde. Segundo o G1, ao início da noite 51 das 65 estações estavam abertas, depois de mais um dia caótico no trânsito: às 9h30 havia um total de 182 quilómetros de fila nas principais artérias (normalmente as filas atingem 80 a 110 quilómetros). A queda de uma viga na obra do monocarril da Linha 17-Ouro do Metro bloqueou a Avenida Washington Luís, na zona sul da cidade, e complicou ainda mais a circulação automóvel. O acidente provocou um morto e dois feridos.

Segundo o sindicato, a greve teve uma adesão de 90 a 95% dos 9500 funcionários, entre maquinistas, seguranças e pessoal da manutenção. No entanto, com as demissões caiu para segundo plano o debate sobre o aumento salarial – o sindicato exige uma subida de 12,2%, enquanto a empresa oferece apelas 8,7% – e começam a surgir divergências no seio dos trabalhadores. "É melhor parar para que não haja mais demitidos", afirmou Diego Pereira, um dos demitidos pelo Governo, citado pelo G1. Mas outros funcionários defendem que a paralisação deve ser uma resposta às demissões.

Para quarta-feira às 18h30 (22h30 em Lisboa) está marcada nova reunião para decidir o que fazer. Até lá, o sindicato espera do Governo "disposição para negociar". Mas se não houver acordo a greve mantém-se e não haverá metro a funcionar na quinta-feira, quando começa o Campeonato do Mundo de futebol.

O metro de São Paulo tem cerca de 66 quilómetros de rede e transporta uma média de quatro milhões de passageiros por dia.