Presidente da Catalunha vai à proclamação de Felipe VI por "boa vizinhança"

A anunciada ausência de Artur Mas estava a ser lida como uma ruptura definitiva com as instituições de Madrid.

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O rei Juan Carlos com Artur Mas no Palácio da Zarzuela em 2013 AFP
Mas tinha agendada para essa data uma viagem aos Estados Unidos, mas antecipou o regresso. Desde que o rei Juan Carlos anunciou a abdicação, na segunda-feira, que o presidente do governo regional, que tem marcado um referendo sobre a independência da Catalunha para 9 de Novembro, estava a ser criticado por não estar presente, com alguns sectores — entre eles o Governo de Mariano Rajoy — a comentarem que demonstrava com a sua ausência uma vontade de ruptura definitiva com as instituições de Madrid.

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Mas tinha agendada para essa data uma viagem aos Estados Unidos, mas antecipou o regresso. Desde que o rei Juan Carlos anunciou a abdicação, na segunda-feira, que o presidente do governo regional, que tem marcado um referendo sobre a independência da Catalunha para 9 de Novembro, estava a ser criticado por não estar presente, com alguns sectores — entre eles o Governo de Mariano Rajoy — a comentarem que demonstrava com a sua ausência uma vontade de ruptura definitiva com as instituições de Madrid.

Artur Mas disse agora que vai à cerimónia para manter a "cordialidade" e a "boa vizinhança" com a Casa do Rei. "Nós queremos ter uma relação de respeito institucional. Irei a Madrid e assistirei à coroação do novo rei", disse Mas, que aproveitou para sublinhar que, apesar de o Estado "não tratar bem a Catalunha desde muitos pontos de vista", o projecto político catalão "tem boas maneiras".

A proclamação terá lugar um dia depois de as Cortes Gerais sancionarem a lei orgânica da abdicação. Na quarta-feira, o presidente do governo regional e líder da CDC (Convergência Democrática da Catalunha, centrista), e o dirigente da UDC (União Democrática da Catalunha, democracia-cristã), Josep Antoni Duran Lleida, decidiram que a CiU (a federação de partidos nacionalistas catalães) vai abster-se na votação da lei, uma decisão que fizeram questão de dizer não dever ser entendida como um sancionar do futuro da monarquia. Mas desejaram "êxito" ao príncipe Felipe como rei de Espanha.