Funcionários do metro de São Paulo ameaçam prolongar greve até ao início do Mundial

Greve do metro está inscrita numa série de movimentos sociais brasileiros que defendem o investimento nos serviços públicos do país.

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A greve do metro de São Paulo está complicar a vida na cidade Nacho Doce/Reuters

“Enquanto continuarem a usar a força, o movimento vai continuar, e é possível que seja até ao início do Mundial”, declarou o porta-voz do sindicato dos funcionários do metro de São Paulo, Rogério Malaquias.

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“Enquanto continuarem a usar a força, o movimento vai continuar, e é possível que seja até ao início do Mundial”, declarou o porta-voz do sindicato dos funcionários do metro de São Paulo, Rogério Malaquias.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que existe no país uma “campanha sistemática contra a Copa do Mundo”, mas que, de facto, é uma campanha contra o Governo. “Quero dizer-vos que nem na ditadura confundimos Copa com política”, acrescentou.

Esta greve está inscrita numa vaga de movimentos sociais em que os brasileiros reivindicam melhores condições nos serviços públicos. Uma nova assembleia geral dos grevistas está prevista para as 21h (em Lisboa) deste sábado. Os trabalhadores exigem um reajustamento salarial de pelo menos 12,2% e não aceitaram, na passada sexta-feira, a contra-oferta de 9,5% feita pelo Governo do estado de São Paulo.

O metro é o meio de transporte mais prático para chegar à Arena Corinthians, o estádio onde se jogará o jogo de abertura (Brasil-Croácia), no próximo dia 12 de Junho. Quinta-feira e sexta-feira, o trânsito estava caótico na cidade e a greve, decretada na noite de quarta-feira, por tempo indeterminado, causou sobrelotação nos autocarros e fez com que o Governo municipal suspendesse a circulação alternada (que impede que os mais de sete milhões de veículos da cidade circulem no mesmo dia), aumentando as filas de veículos.

Segundo o sindicato, a greve teve a adesão de 90 a 95% dos 9500 funcionários e incluiu os operadores de comboios, seguranças e manutenção.

“A situação política está a ferver e eu gostaria que se falasse de futebol. Mas isso, actualmente, é impossível, com todas as batalhas políticas que têm existido”, declarou Cafu, antigo capitão da selecção brasileira.