Bolsas sobem com “efeito-Draghi” mas perdem força no fecho das negociações
Praças europeias aceleraram ganhos assim que o BCE anunciou a descida dos juros de referência. O entusiasmo, porém, baixou nas horas seguintes.
Depois de um movimento contido durante a manhã, as principais praças bolsistas do Velho Continente aceleraram os ganhos assim que o BCE publicou o seu comunicado a confirmar a descida das taxas de juro de referência do banco central para mínimos históricos.
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Depois de um movimento contido durante a manhã, as principais praças bolsistas do Velho Continente aceleraram os ganhos assim que o BCE publicou o seu comunicado a confirmar a descida das taxas de juro de referência do banco central para mínimos históricos.
Mas a valorização generalizada das acções que então se verificou, sobretudo no sector financeiro, acabou por perder o fôlego nas últimas horas de negociação, já Mario Draghi tinha dado a conhecer em Frankfurt todas as medidas tomadas com o objectivo de conter a descida da inflação e dinamizar o financiamento bancário na zona euro.
A praça portuguesa acompanhou a trajectória das praças de referência italiana, espanhola e francesa, que registaram subidas acima de 1%.
A praça de Milão avançou 1,52%, Madrid valorizou 1,12%, Paris progrediu 1,06% e Lisboa encerrou com uma subida de 1,02%. Em alta, mas com um desempenho mais modesto, fecharam as bolsas de Amesterdão (0,71%), Bruxelas (0,3%) e Frankfurt (0,21%).
A cotação do euro face ao dólar chegou a estar em valores mínimos de quatro meses depois de ser conhecida a decisão do BCE, mas mais tarde começou a subir, passando a valer 1,366 dólares (uma valorização de 0,46%).
Em Wall Street, os principais índices negociaram igualmente em alta, embora penalizados pela actualização dos dados sobre o número de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que voltaram a aumentar depois de quatro semanas em queda.
O índice Nasdaq cresceu 1,05%, o Dow Jones avançou 0,59% e o S&P 500 valorizou-se 0,65%.