O projecto Re-Food já está à procura de voluntários em Braga

A ideia é simples: levar os excedentes de restaurantes a famílias mais carencidas. O Re-Food chega a Braga este sábado, dia 7 de Junho, e quer angariar mais adeptos no norte do país

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No ano em que se celebra o combate europeu ao desperdício alimentar, já são várias as iniciativas que têm vindo a ganhar proporções nesta área. A organização sem fins lucrativos Re-Food pretende recolher excedentes de alimentos nos estabelecimentos de restauração e vai ser apresentada numa reunião sementeira em Braga no próximo sábado, dia 7, no GNRation.

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No ano em que se celebra o combate europeu ao desperdício alimentar, já são várias as iniciativas que têm vindo a ganhar proporções nesta área. A organização sem fins lucrativos Re-Food pretende recolher excedentes de alimentos nos estabelecimentos de restauração e vai ser apresentada numa reunião sementeira em Braga no próximo sábado, dia 7, no GNRation.

O projecto nasceu em Lisboa, em 2011, a nível “micro-local” na mão do norte-americano Hunter Halder com o objectivo de reduzir a fome nos bairros urbanos, através de um esforço comum entre voluntários, beneficiários e proprietários de restaurantes.

Hoje, a ideia que também já chegou ao Porto, vai ser levada até Braga. Fabiana Oliveira, uma das impulsionadoras locais ao lado de Diogo Gomes, Micaela Lopes, Ana Pereira, Manuel Pereira, Nuno Russel e Renata Freitas, acredita que “a nível de acção social faltam iniciativas destas em Braga e, ao mesmo tempo, há muita gente que precisa da ajuda que este projecto quer colmatar”, explica.

Para a reunião sementeira do próximo sábado, agendada para as 15h30, está prevista a presença do norte-americano mentor do projecto, e será feita uma apresentação do Re-Food que dará a possibilidade a todos os interessados de se inscreverem na iniciativa.

Numa segunda fase serão definidas e organizadas equipas e também contactados restaurantes mas “o mais importante é mesmo boa vontade e vontade de ajudar, já que o maior receio é que as pessoas queiram participar mas depois quando chegue a hora não se entreguem totalmente”, reconhece.

“A ideia é ter duas pessoas por cargo — sendo que inicialmente são seis cargos — mas esses cargos apesas serão definidos após a reunião. No fundo começa aqui, são definidos os orgãos de gestão do projecto e os voluntários”, explicou. Apesar do tempo necessário para quem queira colaborar não estar estipulado, os voluntários deverão estar disponíveis para ajudar cerca de duas horas por semana.

Segundo Hunter Halder, o projecto conta actualmente com o apoio de mais de 300 restaurantes e tem cerca de 680 beneficiários em várias zonas do país, é o caso de várias freguesias de Lisboa e do Porto, sendo que no Porto já está a decorrer na Ribeira e na Foz.