Resultados do teste diagnóstico de Inglês adiados por falta de professores avaliadores
O Instituto de Avaliação Educativa não adianta nova data para a divulgação das notas de mais de 120 mil alunos. Apenas lamenta que aqueles não sejam conhecidos nesta quarta-feira e assegura que concluirá o processo “com a maior brevidade possível”.
“Para limitar o esforço e tempo despendido nas deslocações efectuadas pelos professores que têm assegurado as tarefas de avaliação e classificação do teste, e de forma a minimizar o impacto nas actividades lectivas e não lectivas nas escolas onde os professores avaliadores exercem a sua actividade, foi alargado o período para a realização das sessões de Speaking”, adianta o conselho directivo do IAVE, referindo-se à componente oral do teste feita por mais de 120 mil alunos, em mais de 4 mil sessões.
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“Para limitar o esforço e tempo despendido nas deslocações efectuadas pelos professores que têm assegurado as tarefas de avaliação e classificação do teste, e de forma a minimizar o impacto nas actividades lectivas e não lectivas nas escolas onde os professores avaliadores exercem a sua actividade, foi alargado o período para a realização das sessões de Speaking”, adianta o conselho directivo do IAVE, referindo-se à componente oral do teste feita por mais de 120 mil alunos, em mais de 4 mil sessões.
Acrescenta que que aquela alteração “levou a que também a que se considerasse o alargamento do prazo para a realização da classificação da componente escrita do teste”, obrigatório por todos os alunos do 9º ano e facultativo para os restantes estudantes do 2º e do 3º ciclos do ensino básico e do secundário.
O IAVE não especifica quais são os novos prazos. Sobre a data para a divulgação dos resultados, limita-se a sublinhar que está “a envidar todos os esforços no sentido de concluir o processo com a maior brevidade possível” e assegurando que” os problemas agora detectados serão corrigidos em futuras aplicações”.
Em Abril, quando já decorria o prazo para a realização das provas orais dos testes, os directores de escolas denunciaram que estavam a ser pressionados pelos serviços do Ministério da Educação e Ciência para designar professores para fazerem a formação e integrarem a bolsa de classificadores do teste diagnóstico de Inglês certificado pelo Cambridge English Language Assessment, que, nos termos da legislação em vigor, seria formada apenas por voluntários.
Filinto Lima, dirigente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), disse não entender como é que o MEC não previu a falta de voluntários, que, também na perspectiva de Ana Neves, presidente da Associação Nacional de Professores de Língua Inglesa (ANPLI), “era expectável”. “Os professores estão a dar aulas a mais turmas, cada uma delas com um número mais elevado de alunos, andam sobrecarregadíssimos de trabalho”, fez notar, na altura, Ana Neves. Filinto Lima sublinhou "a falta de compensações" para quem terá aquele acréscimo de trabalho.
<_u13a_p>Contactado pelo PÚBLICO o MEC, nessa ocasião, não respondeu a nenhuma das questões colocadas sobre o assunto, registando apenas, através do gabinete de imprensa, que “o teste de diagnóstico" era "de aplicação obrigatória” e que “o processo de classificação" tinha "de ser assegurado por professores de Inglês”. <_o3a_p>