A história novamente nos pés de Jonny Wilkinson
No seu jogo de despedida, o abertura inglês marcou 15 pontos na final do Top 14 conquistada pelo RC Toulon
Na final da edição 2013-14 do Top 14, o Stade de France, em Saint Denis, recebeu o Castres, campeão em título, e o RC Toulon, novo campeão europeu. As duas equipas, que se qualificaram nos lugares extremos para o “play-off” - Toulon em primeiro e Castres em sexto -, encontravam-se pela terceira vez este ano, com um saldo de uma vitória para cada lado.
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Na final da edição 2013-14 do Top 14, o Stade de France, em Saint Denis, recebeu o Castres, campeão em título, e o RC Toulon, novo campeão europeu. As duas equipas, que se qualificaram nos lugares extremos para o “play-off” - Toulon em primeiro e Castres em sexto -, encontravam-se pela terceira vez este ano, com um saldo de uma vitória para cada lado.
Favorito à partida, o Toulon apresentava-se como uma equipa segura, com um plano de jogo perfeitamente definido e moralizado pela conquista no fim-de-semana passado da Heineken Cup. Do outro lado, o Castres tinha tudo a seu favor para causar uma surpresa. Com um conjunto irreverente e sem complexos, mesmo depois de uma época muito inconstante, os detentores do título surgiam com uma dinâmica positiva, especialmente depois de terem sido a primeira equipa, em quatro anos, a vencer na casa do Clermont.
A primeira parte não defraudou as expectativas de quem esperava um bom espectáculo, com o Castres a assumir o jogo e o Toulon a manter a distância graças à sua forte defesa e ao pé infalível de Wilkinson. Aos 11 minutos, Evans, numa brilhante jogada individual onde, saindo dos seus 22 metros, furou a linha, ganhou terreno e ainda chutou para a área de ensaio, onde fez o toque de meta, colocou o Castres em vantagem.
O Toulon mantinha-se na discussão do jogo com o pé certeiro de Wilkinson, que converteu três penalidades e um pontapé de ressalto nos primeiros 40 minutos. Pelo Castres, Kockott, adicionou cinco pontos (uma transformação e uma penalidade), mas terminou a primeira parte com duas tentativas de penalidade falhadas.
Na segunda parte, o jogo surgiu ligeiramente mais fechado, com as equipas a sentirem mais a pressão e a jogarem mais ao pé para ocupar terreno. Com momentos de “ping pong râguebi”, a partida perdeu intensidade, mas manteve a sua forma inicial, com Castres a tentar lançar jogo e o Toulon a defender.
E, sem surpresa, seriam os chutadores a fazer a diferença. Do lado do Toulon, the “kicking machine” Wilkinson somou mais uma penalidade e, quando foi necessário recorrer à potência que inglês já não tem, surgiu o seu conterrâneo Dilon Armitage que não falhou uma tentativa de remate aos postes a mais de 50 metros, dando o golpe final no Castres.
Com o triunfo final por 18-10, o Toulon conquistou uma histórica dobradinha, nunca antes alcançada em França, confirmando que a formação de Laporte é a melhor da actualidade.
Um dos momentos mais marcantes do jogo surgiria, no entanto, após o apito final do árbitro: Num sinal de enorme respeito e admiração do público francês por Jonny Wilkinson, o primeiro tema que se ouviu da instalação sonora do Stade de France foi o "God Save The Queen", o hino do eterno "rival" inglês.
Aos 35 anos, Jonathan "Jonny" Peter Wilkinson teve a despedida dos relvados que merecia conquistando o único título que faltava numa carreira impar.