Dobradinha ou bicampeão?
Numa reedição da final do ano passado, Toulon e Castres defrontam-se neste sábado no Stade de France
Há um par de meses, poucos teriam apostado num confronto neste sábado, às 20h00, no Stade de France, entre Toulon e Castres na final do Top 14. Se os “rouge et noir” sempre estiveram na luta pelos primeiros lugares, mesmo gerindo o plantel durante a Heineken Cup e o Seis Naçoes, os “azuis” nem sempre conseguiram fazer o mesmo.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Há um par de meses, poucos teriam apostado num confronto neste sábado, às 20h00, no Stade de France, entre Toulon e Castres na final do Top 14. Se os “rouge et noir” sempre estiveram na luta pelos primeiros lugares, mesmo gerindo o plantel durante a Heineken Cup e o Seis Naçoes, os “azuis” nem sempre conseguiram fazer o mesmo.
O Castres teve um inicio de época menos conseguido, onde chegou a estar no décimo lugar à 11.ª jornada e por pouco não falhou o acesso ao “play-off”, classificando-se em sexto. Mas é na adversidade que os actuais campeões vão buscar a sua força e o Toulon tem perfeita noção disso.
Se de um lado, a armada internacional do vencedor da Heineken Cup tem o plano de jogo perfeitamente delineado, com avançados muito móveis, um abertura de classe mundial a mexer o jogo e uma defesa sem falhas, o Castres é provavelmente a melhor equipa para contrariar tal organização.
Com um jogo perfurante e agressivo que procura o erro do adversário, uma “touche” imperial e jogadores imprevisíveis em todos os postos, o Castres pode muito bem destabilizar qualquer adversário e fazê-lo falhar, tal como fez com o ASM, levando o clube de Clermont-Ferrand à sua primeira derrota caseira em quatro anos.
A nível de individualidades, o Castres irá certamente contar com o seu “playmaker” Rory Kockott, que tal como no ano passado, está a fazer exibições de grande qualidade durante as fases finais. Outro jogador que poderá sem dúvida mudar o jogo é o centro Remi Lamerat, que estará com o XY francês na tournée na Austrália neste verão.
O três-quartos formado no Toulouse tem vindo a revelar-se como um trunfo atacante para a sua equipa, com um poder de perfuração e de quebra de linha impressionante, e que consegue “inventar” ensaios a sair de qualquer fase estática. Antecipa-se o duelo com a defesa hermética do Toulon, especialmente com Bastareaud.
Do outro lado, mesmo se o número de jogadores de classe mundial é impressionante, nenhum sobressai mais que Sir Jonny Wilkinson. Ele que fará, neste sábado, o último jogo da sua assombrosa carreira, tem a oportunidade de apagar o sentimento amargo da derrota na final do ano passado, e alcançar, finalmente, o único título que lhe falta.