Câmara de Lisboa volta a substituir piso no Jardim do Príncipe Real em Outubro

Vereador dos Espaços Verdes reconheceu o erro e vai tentar resolvê-lo colocando um betuminoso colorido.

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Frequentadores do Jardim queixam-se do pó, que se acumula nos bancos de madeira Miriam Lago/Arquivo

“O pavimento vai ser substituído por betuminoso colorido, um agregado com 2,5 centímetros de grossura, permeável”, disse ao PÚBLICO o assessor do gabinete do vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes. A solução é semelhante à que foi utilizada no Jardim de Santos.

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“O pavimento vai ser substituído por betuminoso colorido, um agregado com 2,5 centímetros de grossura, permeável”, disse ao PÚBLICO o assessor do gabinete do vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes. A solução é semelhante à que foi utilizada no Jardim de Santos.

O jardim de 1,2 hectares situado junto à Rua da Escola Politécnica passou em Março a ser gerido pela Junta de Freguesia da Misericórdia, ao abrigo da delegação de competências, mas a obra e os respectivos custos ainda serão assumidos pelo município, que não revela valores.

Em Fevereiro, o vereador tinha admitido numa reunião de câmara que a solução adoptada aquando da requalificação do jardim, há quatro anos, "correu mal". Em 2010, a autarquia substituiu o alcatrão por um pavimento de saibro estabilizado feito à base de pó de vidro reciclado, denominado Aripaq. Esta opção foi sempre muito criticada por moradores e frequentadores do espaço, que ainda hoje se queixam do pó que no Verão pinta de branco os bancos de madeira e no Inverno transforma o jardim num lamaçal.

Em 2012, a câmara tentou remediar o problema, regando o piso com uma solução química agregadora da camada superficial, uma espécie de cola que evitaria o pó no ar. No entanto, em vários locais, o piso abateu e rachou, tornando-se perigoso. Actualmente, o pó continua no ar.

Em Fevereiro, Sá Fernandes reconheceu o erro. “Foi tentada a rectificação, mas agora tem piorado e ainda não consegui resolver o assunto”, admitiu. A reformulação do piso esteve a votos no Orçamento Participativo de Lisboa para 2014, mas acabou por não ficar entre as propostas mais votadas.