A Filigrana Portuguesa já é uma peça de arte amiga do ambiente
A tradição aliou-se à tecnologia nas mãos da Weproductise através da recriação de biomateriais impressos em 3D. O resultado é uma colecção de Filigrana Portuguesa e vai estar à vista de todos entre sexta e sábado na loja Pip Eco Spot, em Braga, e quer apaixonar todas “as mulheres das nossas vidas”
Chamam-lhe “artesanato tecnológico”. A expressão surgiu entre conversas de equipa mas hoje dá nome ao recente trabalho da incubadora Webproductise, uma empresa que procura a criação de ideias inovadoras em ecodesign. António Mota Vieira é um dos criadores e explica a receita: juntou-se tradição e inovação com o principal objectivo de (re)criar artigos de filigrana portuguesa através da utilização de materiais impressos em 3D.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Chamam-lhe “artesanato tecnológico”. A expressão surgiu entre conversas de equipa mas hoje dá nome ao recente trabalho da incubadora Webproductise, uma empresa que procura a criação de ideias inovadoras em ecodesign. António Mota Vieira é um dos criadores e explica a receita: juntou-se tradição e inovação com o principal objectivo de (re)criar artigos de filigrana portuguesa através da utilização de materiais impressos em 3D.
Desde o início do ano, a empresa tem vindo a desenvolver o projecto que vai ser exposto esta sexta e sábado, dias 30 e 31, na loja Pip Eco Sport, em Braga. Destinado às “mulheres das nossas vidas”, o mote serve de pretexto na apresentação da colecção que compreende sobretudo colares, brincos e pregadeiras. Através da utilização do bio-plástico em formato de fio - PLA - este é posteriormente transformado em camadas dando origem a peças “amigas do ambiente e biodegradáveis pelo tempo”, explica António.
Do coração sol ao coração flor, o cliente tem a possibilidade de personalizar o objecto. “A própria pessoa pode ir ao espaço que nós temos, neste caso em Braga, pedir pequenas alterações aos desenhos, escolher a cor, enquanto toma um café e passado 30 minutos já está pronto.” As peças podem ser personalizadas em cerca de 15 cores diferentes e são produzidas uma a uma, uma vez que apresentam um número de série limitado. O preço por unidade varia entre os 5 e os 10 euros, sendo que a compra por “packs” poderá reduzir o custo para metade.
A Pip Eco Spot está aberta desde Maio e desde então trouxe um conceito diferente à cidade de Braga, dando a todos os interessados a possibilidade de criarem os seus próprios objectos. Com um público “variado mas informado, que varia entre jovens casais, famílias e turistas”, António Vieira confessa que “replicar a loja noutras cidades” é um dos seus principais objetivos.
A Filigrana Portuguesa já tem hora marcada. Entre as 18h30 de sexta e as 19h30 de sábado, “As mulheres das nossas vidas” querem “mostrar às pessoas que [a filigrana portuguesa] não é uma peça de plástico qualquer, é um artigo de arte mas económico”. Depois de Braga, o Porto, Aveiro, Coimbra e Lisboa foram os locais escolhidos para a apresentação da colecção, que vai contar com novos produtos a partir dos meses de Junho e Julho, também disponíveis online.
Texto editado por Luís Octávio Costa