Cunha Telles, uma vida na Cinemateca
Com os 40 anos do 25 de Abril a levarem a Cinemateca Portuguesa a prestar especial atenção ao cinema português dos períodos imediatamente pré- e pós-Revolução dos Cravos, os meses de Junho e Julho vão prolongar esse olhar histórico com um novo ciclo dedicado a António da Cunha Telles. Figura central no cinema nacional entre 1960 e 1980, devem-se-lhe enquanto produtor os primeiros filmes de Paulo Rocha e Fernando Lopes, enquanto realizador uma das obras mais conhecidas do período (O Cerco, 1970) e enquanto distribuidor (com a empresa Animatógrafo) a revelação em Portugal de Glauber Rocha ou Alain Tanner. O ciclo da Cinemateca tem início a 16 de Junho com a exibição de O Cerco, na presença de Cunha Telles; durante este primeiro mês, serão exibidos os seus filmes seguintes enquanto realizador (Meus Amigos e Continuar a Viver ou os Índios da Meia Praia, respectivamente de 1974 e 1976), produções suas como Domingo à Tarde, de António de Macedo, Mudar de Vida, de Paulo Rocha, ou As Ilhas Encantadas, de Carlos Vilardebó, e filmes que distribuiu em Portugal (como Boudu Querido, de Jean Renoir, ouNúmero Dois, de Jean-Luc Godard).
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Com os 40 anos do 25 de Abril a levarem a Cinemateca Portuguesa a prestar especial atenção ao cinema português dos períodos imediatamente pré- e pós-Revolução dos Cravos, os meses de Junho e Julho vão prolongar esse olhar histórico com um novo ciclo dedicado a António da Cunha Telles. Figura central no cinema nacional entre 1960 e 1980, devem-se-lhe enquanto produtor os primeiros filmes de Paulo Rocha e Fernando Lopes, enquanto realizador uma das obras mais conhecidas do período (O Cerco, 1970) e enquanto distribuidor (com a empresa Animatógrafo) a revelação em Portugal de Glauber Rocha ou Alain Tanner. O ciclo da Cinemateca tem início a 16 de Junho com a exibição de O Cerco, na presença de Cunha Telles; durante este primeiro mês, serão exibidos os seus filmes seguintes enquanto realizador (Meus Amigos e Continuar a Viver ou os Índios da Meia Praia, respectivamente de 1974 e 1976), produções suas como Domingo à Tarde, de António de Macedo, Mudar de Vida, de Paulo Rocha, ou As Ilhas Encantadas, de Carlos Vilardebó, e filmes que distribuiu em Portugal (como Boudu Querido, de Jean Renoir, ouNúmero Dois, de Jean-Luc Godard).