Secretária de Estado da Ciência anuncia mais 38 programas de doutoramento FCT

Há mais 170 bolsas anuais para os novos programas, mas bolsas individuais de doutoramento vão baixar.

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Estes 96 programas de doutoramento terão, ao todo, 190 milhões de euros, segundo Leonor Parreira Rui Gaudêncio (arquivo)

A FCT vai financiar cerca de 170 bolsas anuais dos novos programas aprovados, que serão atribuídas pelas universidades que conceberam estes programas. Ao todo, haverá 600 bolsas para os 96 programas, o que deverá significar uma redução do número de bolsas individuais de doutoramento que a FCT atribui todos os anos.  

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A FCT vai financiar cerca de 170 bolsas anuais dos novos programas aprovados, que serão atribuídas pelas universidades que conceberam estes programas. Ao todo, haverá 600 bolsas para os 96 programas, o que deverá significar uma redução do número de bolsas individuais de doutoramento que a FCT atribui todos os anos.  

Estes 96 programas estarão vigentes, para já, nos próximos quatro a cinco anos e têm “um investimento total de fundos públicos que ronda os 190 milhões de euros”, disse Leonor Parreira, acompanhada por Miguel Seabra, presidente da FCT. Sete dos programas têm parcerias com empresas e serão financiados por estas em pelo menos 25%.

Nos concursos do ano passado foram atribuídas ao todo 431 bolsas para os programas de doutoramento FCT e 399 bolsas individuais de doutoramento, num total de 830 bolsas. Este número diminuiu em relação a 2012, quando foram atribuídas 1198 bolsas, o que originou fortes protestos na comunidade científica.

“Estimamos que o número total de bolsas de doutoramento deverá manter-se”, disse Leonor Parreira. No entanto, se as bolsas para os programas de doutoramento vão aumentar, as bolsas individuais deverão ter que diminuir.

Os programas de doutoramento da FCT são uma das apostas da política científica deste Ministério para aumentar o “potencial de competitividade internacional e efeito multiplicador da investigação nacional e da transferência de conhecimento para a sociedade”, explicou a secretária de Estado. As universidades candidataram-se com programas, que muitas vezes contam com parcerias estrangeiras.

Quanto à alteração do estatuto de carreira científica, algo que o ministério tem andado a prometer, Leonor Parreira diz que o diploma continua em “preparação”.