Ministério da Educação continua a dizer que negociação de fecho de escolas não está terminada
Tutela prefere não falar de números apesar das notícias que têm apontado para encerramento de mais de 400 escolas.
Segundo a TVI, só na região centro serão mais de 200 estabelecimentos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Segundo a TVI, só na região centro serão mais de 200 estabelecimentos.
Contactado pelo PÚBLICO, contudo, o gabinete de comunicação do ministério repetiu o que o ministro da Educação Nuno Crato tem afirmado: “O processo de reordenamento da rede escolar está ainda a decorrer, em diálogo com as autarquias”.
E aproveitou para recordar, por escrito, os objectivos de reordenamento em curso: “reduzir os riscos de abandono e insucesso escolares, mais elevados em escolas com menores recursos e alunos, integrando-os em contextos educativos mais favoráveis e de qualidade superior”; “reduzir o número de turmas com alunos de diferentes anos de escolaridade”; “erradicar situações de isolamento de estabelecimentos de ensino”. Números é que não avança, tal como em meados do mês passado quando, questionado pelo PÚBLICO, disse: “Não existem números definitivos". Também nessa altura, o Diário de Notícias avançava que deveriam ser 439 as escolas a fechar em Setembro.
O ano lectivo em curso foi o primeiro em mais de dez anos em que não houve encerramento de escolas. No Verão passado, o ministério informava que o programa de reorganização da rede do 1.º ciclo estava “concluído”, mas não esclarecia se a medida iria apenas vigorar em 2013/2014.
Nos primeiros dois anos de mandato, o ministério de Nuno Crato fechou mais de 500 escolas. Desde 2002, foram mais de 6500 as antigas escolas primárias que deixaram de funcionar. A reorganização arrancou pela mão de David Justino, no Executivo liderado por Durão Barroso (PSD-CDS).