José Manuel Pureza realça "combates firmes e verticais" do "honoris causa" António Arnaut
Fundador do Serviço Nacional de Saúde e histórico militante do PS foi homenageado nesta quinta-feira pela Universidade de Coimbra.
O sociólogo e professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) intervinha na Sala dos Capelos, onde proferiu o elogio de António Arnaut como candidato a doutor honoris causa.
"António Arnaut, pai da utopia feita história que é o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da interpelação democrática radical nele presente, sabe que só a poesia nos serve de fala na busca desses horizontes totalmente outros que nos servirão de bússola", afirmou.
Na sua opinião, "abrindo-se a esta interpelação de se testar continuamente" e escolhendo a vida de António Arnaut "como referência da sua avaliação, a Universidade de Coimbra engrandece-se e honra-se". Considerando que "é na vida inteira de António Arnaut que a Universidade hoje se louva", o orador salientou a "abertura e firmeza, tolerância e convicção", como algumas das qualidades do novo doutor.
"Uma combinação sábia de que os tempos que vivemos assinalam como carência funda, diante dos assustadores escombros de uma Europa que, às mãos de uma lógica de desastre habilmente induzido, desiste de ser um projecto de paz feito de um arrojado pacto entre capital e trabalho em que era conferido um papel crucial aos direitos sociais e aos serviços públicos", referiu o antigo líder parlamentar do Bloco de Esquerda.
Neste tempo, "é irrecusável a exigência de um pensamento e de uma acção política que se guie pelo realismo da esperança e faça da coesão justa e da regra legítima os seus guias", defendeu.
O Serviço Nacional de Saúde "é a pedra angular dessa arrumação do Estado a pensar na dignidade e na voz efectiva de todos e todas", adiantou, perante o reitor e centenas de pessoas, entre académicos e convidados, como o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, o líder do PS, António José Seguro, o coordenador do BE, João Semedo, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henriques Gaspar, e o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, entre outros.
O SNS "prestigia Portugal por constituir um lugar de democracia densa, que convoca à responsabilidade comum e diferenciada de todos por todos e em que todos são acolhidos como iguais", realçou ainda José Manuel Pureza, ao considerar que "o país que estima a democracia sabe que tem uma dívida irresgatável" para com António Arnaut.
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O sociólogo e professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) intervinha na Sala dos Capelos, onde proferiu o elogio de António Arnaut como candidato a doutor honoris causa.
"António Arnaut, pai da utopia feita história que é o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da interpelação democrática radical nele presente, sabe que só a poesia nos serve de fala na busca desses horizontes totalmente outros que nos servirão de bússola", afirmou.
Na sua opinião, "abrindo-se a esta interpelação de se testar continuamente" e escolhendo a vida de António Arnaut "como referência da sua avaliação, a Universidade de Coimbra engrandece-se e honra-se". Considerando que "é na vida inteira de António Arnaut que a Universidade hoje se louva", o orador salientou a "abertura e firmeza, tolerância e convicção", como algumas das qualidades do novo doutor.
"Uma combinação sábia de que os tempos que vivemos assinalam como carência funda, diante dos assustadores escombros de uma Europa que, às mãos de uma lógica de desastre habilmente induzido, desiste de ser um projecto de paz feito de um arrojado pacto entre capital e trabalho em que era conferido um papel crucial aos direitos sociais e aos serviços públicos", referiu o antigo líder parlamentar do Bloco de Esquerda.
Neste tempo, "é irrecusável a exigência de um pensamento e de uma acção política que se guie pelo realismo da esperança e faça da coesão justa e da regra legítima os seus guias", defendeu.
O Serviço Nacional de Saúde "é a pedra angular dessa arrumação do Estado a pensar na dignidade e na voz efectiva de todos e todas", adiantou, perante o reitor e centenas de pessoas, entre académicos e convidados, como o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, o líder do PS, António José Seguro, o coordenador do BE, João Semedo, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henriques Gaspar, e o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, entre outros.
O SNS "prestigia Portugal por constituir um lugar de democracia densa, que convoca à responsabilidade comum e diferenciada de todos por todos e em que todos são acolhidos como iguais", realçou ainda José Manuel Pureza, ao considerar que "o país que estima a democracia sabe que tem uma dívida irresgatável" para com António Arnaut.